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27 de julho de 2015

O Sinal - Frequência do Medo – Um suspense sci-fi original e intrigante





O que seria dos cinéfilos sem a originalidade e a lucidez do cinema de baixo orçamento, ainda bem que nem todos possuem o cacife dos chefões dos estúdios para produzir obras cinematográficas grandiosas, mas “vazias” e previsíveis. Elogiado no Festival de Sundance, em 2014, a ficção científica O Sinal – Frequência do Medo (The Signal, 2014), é uma dessas obras fílmicas que nos surpreende e nos tranquiliza porque é a confirmação de que ainda há seres inteligentes fazendo cinema autoral e não adaptações de alguma coisa.

William Eubank, diretor desconhecido, por enquanto, comanda o suspense sci-fi sobre três jovens que perseguem um sinal vindo de um hacker poderoso. Nic (Brenton Thwaites, de O Doador de Memórias), Haley (Olivia Cooke, de Bates Motel) e Jonah (Beau Knapp) chegam numa cabana isolada no meio do deserto e ali o pesadelo tem início e todos terão suas vidas transformadas de forma inimaginável. Ah, o elenco também conta com o Laurence Fishburne, que me faz lembrar muito aqui o seu papel icônico em Matrix.


O Sinal é um daqueles filmes que não se pode falar muito, quanto menos você souber, melhor. No entanto, a produção explora por um ângulo distinto, questões muito conhecidas dos fãs de ficção científica, como os mistérios da área 51, conspiração governamental, alienígenas, realidade versus alucinação e possui elementos que lembra até o cultuado filme Distrito 9

Apesar de ter cenas de ação impressionantes e efeitos espetaculares – para uma obra de baixo orçamento – O Sinal tem um tom levemente intimista e emocional, não tem correria, tudo acontece de forma natural, sem pressa, é um filme para assistir com atenção, sem esperar por explosões intermináveis. 


Outro ponto forte do filme é o roteiro bem amarrado, que nos deixa desorientados e sem respostas até os últimos momentos do longa, que culmina numa sequência de revelações bombásticas e ousadas. Destaca-se também o ator Brenton Thwaites, que vive o protagonista, além da notável atuação,  carrega o filme sozinho com garra e pose de herói superior a muitos garotinhos de franquias milionárias.


O Sinal - Frequência do Medo  - que título horrendo, não? - é uma dessas pérolas da ficção científica que ninguém ver de imediato, mas que  provavelmente se tornará uma obra cult ao passar do tempo como aconteceu com Blade Runner e Donnie Darko e é tão surpreendente, instigante e original quanto outras pérolas fílmicas recentes do gênero como O Predestinado, Lunar, Cidade das Sombras (1998), entre outros.

O diretor William Eubank revelou recentemente que há planos para uma sequência. Espero mesmo que aconteça, pois é um filme com um universo muito rico. Confira abaixo o trailer. 

NOTA: 8,0





Um comentário:

  1. Concordo com a avaliação...
    Filme bem feito,sem estrelas mais com bom enredo e um nível de suspense acima da média.
    Realmente um sci-fi com potencial de cult.

    Marcos Fernandes

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