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29 de novembro de 2016

A Chegada


Desde que chamou a atenção de Hollywood com o elogiado Incêndios, o cineasta Denis Villeneuve vem construindo uma filmografia impecável e de dar inveja, seu último filme, o sci-fi A Chegada (Arrival, 2016), é mais um trabalho imperdível desse diretor que até agora não “errou a  mão”.

Em A Chegada, pode-se perceber traços de outros filmes de Villeneuve, o suspense psicológico de Os Suspeitos, o toque enigmático de O Homem Duplicado e a tensão de Sicario: Terra de Ninguém dão o tom nessa ficção científica de sensibilidade ímpar e com pose de clássico.


19 de novembro de 2016

Animais Fantásticos e Onde Habitam



Felizmente, a investida cinematográfica para suprir o vazio deixado pelo fim da franquia Harry Potter é realmente mágica: Animais Fantásticos e Onde Habitam (Fantastic Beasts and Where to Find Them, 2016) é encantador, comovente, divertido e com personagens que nos cativam rapidamente, e melhor, é uma das poucas superproduções desse ano que faz jus ao “burburinho da mídia”, cada vez mais histérico quando trata de lançamentos cinematográficos.

Nunca me senti à vontade para escrever sobre os filmes Harry Potter, embora tenha gostado bastante deles – até dos dois primeiros, que eu os considero monótonos e arrastados, cujos aspectos não se podem atribuir a esse início da nova franquia mágica. Animais Fantásticos e Onde Habitam começa com o jovem Newt (Eddie Redmayne) chegando a uma Nova Iorque, dos anos 20, e deixando escapar alguns seres mágicos na cidade. A forma como Newt conhece, acidentalmente, os personagens de Kowalski (Dan Fogler) e Tina (Katherine Waterston) é engenhosa e cômica.


6 de novembro de 2016

Doutor Estranho



O universo Marvel acaba de ser expandido no cinema com a chegada de Doutor Estranho (Doctor Strange, 2016), dirigido por Scott Derrickson, vindo de filmes de terror como O Exorcismo de Emily Rose e A Entidade. A julgar pelo universo místico do super-herói e as influências em nível hard de A Origem, vistas em trailers (na sala de cinema, ressalto), esperava que este fosse o “divisor de águas” dentre os filmes da Marvel, mas não é, Doutor Estranho diferencia-se estilisticamente de outros exemplares do gênero, porém o visual arrojado e de “encher os olhos” esbarra na estrutura acomodada presente nas histórias de origem de super-heróis.

O início impressiona. De cara, ficamos encantados e pasmos com as cidades que se dobram. Mas logo, o filme segue a “fórmula Marvel” – fase de descontentamento do protagonista, chance de redenção, fase de treinamento, conflito, (re)início de um nova vida – que já conhecemos demasiadamente, tornando, muitas vezes, a história aborrecida. 

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