Páginas

21 de agosto de 2016

Ben-Hur (2016)


Ben-Hur, o filme clássico de 1959 com Charlton Heston, é uma obra grandiosa em todos os sentidos, até em sua duração, 212 minutos, ou seja, mais de três horas e meia, é um épico legítimo do tipo que não se faz mais hoje em dia. Logo, o novo Ben-Hur (2016), do diretor Timur Bekmambetov (responsável pelo ótimo O Procurado), não é tão grandioso assim, assemelha-se mais a Gladiador, o que não é algo negativo.

É importante frisar que o novo filme não é uma refilmagem do filme de William Wyler, mas sim uma nova versão da história contada no livro de Lew Wallace, Ben-Hur: Uma história do Cristo. Segundo especialistas, este se aproxima mais do livro do que a versão dos anos 50. Eu gosto muito da obra clássica, é um filme sensacional, desses para assistir e contemplar.




O Ben-Hur de Bekmambetov foi idealizado para a geração atual, e o público-alvo não pode reclamar de nada, o filme cumpre o que promete. A narrativa acelerada – você perceberá isso apenas se viu a obra original – e dinâmica é perfeita para uma geração impaciente que vai mais ao cinema à procura de um momento escapista.

O início é bem interessante, mostra os irmãos Messala (Toby Kebbel) e Judah Ben-Hur (Jack Huston) já como rivais antes da corrida de bigas, e logo retrocede oito anos antes, quando eles ainda eram irmãos e se tratavam como tal, amavam-se e se respeitavam.  Essa relação de amor e ódio é o que sustenta todo o filme, particularmente, senti que faltou densidade nesse relacionamento, mas nada que comprometa o final emocionante.


Quanto ao elenco, Huston e Kebbel não fazem feio em cena, mas Rodrigo Santoro (o ator brasileiro que realmente se deu bem em Hollywood) se sai melhor, interpreta Jesus com serenidade no olhar e nos convence. Um dos grandes momentos de Ben-Hur é a famosa corrida de bigas, tão impressionante e eletrizante quanto a da obra clássica. Outra grande sequência é a do naufrágio, agonizante, ambos momentos já valem o preço do ingresso.


Ben-Hur é uma obra que nos proporciona mais que um espetáculo visual e fortes emoções, exala otimismo, ideal para esse momento de descrédito pelo qual a sociedade vive, traz uma mensagem de fé, perdão e amor ao próximo. A questão é: será que essa geração absorverá essa mensagem? 

Caso queira ver o filme clássico, CLIQUE AQUI, está disponível no YouTube, ao custo de poucas moedas. 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...