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12 de junho de 2016

Invocação do Mal 2




É muito raro um filme de terror - gênero tão combalido atualmente - fugir das armadilhas do clichê e ainda se sobressair criativamente, Invocação do Mal conseguiu tal feito, mas é muito mais raro uma sequência de uma produção do gênero ser tão boa ou superior à primeira parte, nesse caso, Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, 2016) é o exemplo perfeito. E o culpado por essa revitalização dos filmes de suspense/terror tem um nome: James Wan. Algumas das melhores fitas do gênero dos últimos anos são dele: Jogos Mortais, Sobrenatural 1 e 2, além dos dois Invocação do Mal. O cineasta também se deu bem quando se aventurou em outro gênero e realizou o ótimo Velozes e Furiosos 7, mas é inegável que Wan já se consagrou como a nova cara dos filmes de terror. 


Se você não assistiu ao primeiro Invocação do Mal – que vacilo – mas gostaria de conferir a parte 2, não se preocupe, a trama da sequência é totalmente independente do primeiro longa, mas o demônio da vez  - a freira - é muito mais assustador. Em IM2, Vera Farmiga e Patrick Wilson – brilhantes em seus papéis – revivem o casal de demonologistas Lorraine e Ed Warren, agora famosos pelos seus casos paranormais, a dupla precisa ajudar uma família em um bairro pobre de Londres, que está sofrendo ataques de um demônio, além disso, Lorraine tem que lidar com um outro demônio que a persegue. 



A maior qualidade dessa sequência é que Wan não se repete, a engenhosidade nas cenas de suspense continua, o passeio da câmera pelos cômodos da casa nos coloca dentro da história, nos enche de pavor e de uma sensação opressora que, provavelmente, vai terminar em um baita susto. Wan sabe construir um cenário de filme de terror como ninguém, a cabana de pano no fundo do corredor da casa assombrada, nos dá calafrios só de olhar para ela. Invocação do Mal 2 tem muitos momentos memoráveis, como o início chocante – e muito bem arquitetado tecnicamente – que mostra Lorraine “na pele” de um assassino possuído e aquela que já é clássica e a melhor cena do ano: a sequência que envolve Lorraine e um certo quadro. Simplesmente arrepiante. 



Não só de momentos de terror se faz um filme do gênero, é importante também algum alívio entre a gritaria e os sustos, além de breves e gostosos momentos de humor, Invocação do Mal 2 tem uma cena emocionante, quando Ed pega o violão e canta Elvis Presley, um momento de conforto – para a família e para nós também – em meio a tanto sofrimento e possessões demoníacas.


Invocação do Mal 2 é um presente e tanto para os fãs do gênero, sem clichês ou exageros, boas atuações, personagens de fácil apego, uma trama bem desenvolvida que não subestima a inteligência do espectador e o melhor, um clima de horror crescente e apavorante. 

NOTA: 9,5

Outros bons filmes de suspense/terror de 2016:

Hush - A morte ouve

Boa Noite, Mamãe

A Bruxa
 

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