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26 de junho de 2016

Independence Day: O Ressurgimento


Era para ser uma sequência espalhafatosa e tão divertida quanto o original de 1996 - hoje em dia, já considerado um clássico dentre os filmes catástrofes -, mas Independence Day: O Ressurgimento (Independence Day: Resurgence, 2016) é apenas espetaculoso, talvez você se divirta, se não se incomodar com os personagens caricatos e rasos, o abuso de clichês, os diálogos sofríveis, e não perceber que a obra está subestimando sua inteligência.

A trama é um fiapo: alienígenas com suas naves maiores que a Terra invadem o planeta e os humanos precisam lutar contra eles de todas as formas possíveis. A dinâmica é exatamente igual à da obra original, mas nada funciona aqui, parece que Roland Emmerich fez tudo às pressas.

12 de junho de 2016

Invocação do Mal 2




É muito raro um filme de terror - gênero tão combalido atualmente - fugir das armadilhas do clichê e ainda se sobressair criativamente, Invocação do Mal conseguiu tal feito, mas é muito mais raro uma sequência de uma produção do gênero ser tão boa ou superior à primeira parte, nesse caso, Invocação do Mal 2 (The Conjuring 2, 2016) é o exemplo perfeito. E o culpado por essa revitalização dos filmes de suspense/terror tem um nome: James Wan. Algumas das melhores fitas do gênero dos últimos anos são dele: Jogos Mortais, Sobrenatural 1 e 2, além dos dois Invocação do Mal. O cineasta também se deu bem quando se aventurou em outro gênero e realizou o ótimo Velozes e Furiosos 7, mas é inegável que Wan já se consagrou como a nova cara dos filmes de terror. 


Se você não assistiu ao primeiro Invocação do Mal – que vacilo – mas gostaria de conferir a parte 2, não se preocupe, a trama da sequência é totalmente independente do primeiro longa, mas o demônio da vez  - a freira - é muito mais assustador. Em IM2, Vera Farmiga e Patrick Wilson – brilhantes em seus papéis – revivem o casal de demonologistas Lorraine e Ed Warren, agora famosos pelos seus casos paranormais, a dupla precisa ajudar uma família em um bairro pobre de Londres, que está sofrendo ataques de um demônio, além disso, Lorraine tem que lidar com um outro demônio que a persegue. 


5 de junho de 2016

Deus Branco (White God) revigora os “filmes de cachorro”





Uma garota pedala pelas ruas desertas de Budapeste, quando surge atrás dela centenas de cães avançando rapidamente, furiosos, e aparentemente sedentos por vingança contra todos aqueles que os maltrataram. É dessa forma, que inicia o surpreendente Deus Branco (White God, 2014), pela cena inicial já percebemos que esse não é um “filme de cachorro” comum, do tipo que é exibido na Sessão da Tarde, a obra do húngaro Kornél Mundruczó é forte demais em comparação aos bobos dramas caninos que passam na telinha (os quais não tenho a menor paciência), mas já pode ser considerada a obra-prima desse subgênero.


Já no começo do longa, numa cena que demonstra uma relação bem fria entre as personagens, a garota Lili (Zsófia Psotta) é deixada pela mãe aos cuidados do pai, que deve ficar com ela por um tempo. Lili traz com ela, o Hagen, o seu cachorro. O pai, que não suporta o cão, obriga a filha a deixá-lo na rua. Eis aqui, mais uma cena tocante e incômoda. 

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