Em 2012, Os Vingadores,
ambiciosa produção da Marvel, tinha a seu favor a primeira união no cinema dos
heróis Homem de Ferro, Thor, Capitão América e Hulk, que até então, brilhavam
em filmes solos. Esta poderosa e intergaláctica reunião deixou os fãs excitados
e com altas expectativas. Os Vingadores
estreou e conquistou a todos, Joss Whedon mostrou também que sabe lidar com múltiplos
personagens e realizou uma obra-prima dentre os filmes de heróis.
Três
anos depois, Vingadores: Era de Ultron (2015) estreia com essa “desvantagem”,
ver os super-heróis juntos em ação já não é novidade alguma, bastando aos
roteiristas a difícil tarefa de não dá ao espectador aquela sensação de déjà vu
e piadas repetidas. Nesse contexto, a continuação mantém a boa qualidade das
adaptações do universo Marvel e apresenta como maior trunfo o carisma dos
protagonistas, mesmo assim, não supera o primeiro filme, por questões que
esclarecerei adiante.
Stark tenta levantar o martelo do Thor em vão
Vingadores:
Era De Ultron, como manda a cartilha das sequências em
Hollywood, é maior em todos os aspectos, tem mais heróis, um vilão mais poderoso
e um exército aparentemente invencível e numeroso, cenas de ação mais
grandiosas e efeitos visuais mais que espetaculares, e claro, há mais conflitos
no grupo. Porém, padece de um roteiro econômico e muitas vezes, previsível. A
verdadeira surpresa do filme está mesmo na aparição do Visão (Paul Bettany),
uma figura intrigante e que deve ser mais explorada no próximo capítulo.
Os gêmeos Wanda e Pietro
Maximoff (Elizabeth Olsen e Aaron Taylor-Jonhson) são boas adições à história e
têm um papel importante na trama, quer dizer, Wanda e o seu poder de manipular
a mente alheia tem aqui mais relevância que o seu irmão. Quanto ao vilão Ultron
(James Spader), me fez ter saudades da complexidade e do cinismo do Loki. Suas
intenções são óbvias: aniquilar a humanidade e Os Vingadores, e por
isso, seus passos dentro da trama não são difíceis de serem previstos.
Novos heróis: Pietro e Wanda Maximoff
Em relação aos Vingadores, a
dinâmica do grupo ainda funciona, o bom humor ainda está ali para nos dá aquele
respiro antes da ação desenfreada. A sequência cômica em que os amigos
apostam em quem mais, além do Thor (Chris Hemsworth), consegue levantar o
martelo e a batalha exagerada entre Hulk (Mark Ruffalo) e Homem de Ferro
(Robert Downey Jr.) são alguns dos melhores momentos da produção.
Se no primeiro filme os
super-heróis precisavam aprender a colocarem seus egos inflados de lado e
trabalhar em equipe, na continuação eles têm a difícil missão de superar seus
próprios medos e aprender a lidar com seus atos, sendo eles condenáveis ou não.
Joss Whedon dirige o Capitão América
Com Joss Whedon - criador da
revolucionária série Firefly – no
comando novamente, a sequência possui o mesmo clima descontraído do antecessor,
a aptidão do cineasta em trabalhar com dezenas de personagens de maneira
equilibrada e de realizar sequências de ação sem esgotar a nossa empolgação
foram cruciais para que Vingadores: Era
de Ultron se tornasse mais uma obra fílmica relevante no universo Marvel, embora tenha suas imperfeições. Com Whedon
fora da direção em Guerra Infinita, daí eu começo a me preocupar com a mudança
de tom que a saga pode tomar.
Grandiloquente e com uma proposta
de trazer mais “humanidade” para o sombrio mundo dos nossos queridos
vingadores, a continuação prossegue com a indiscutível jornada da Marvel nas
adaptações de suas obras, mas confesso, fiquei com a sensação de que poderia ser melhor. Veja aqui o trailer.
NOTA: 8,0
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