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19 de abril de 2015

Empire - Drama, hip hop e ostentação na série sensação do ano




O novo sucesso da TV americana tem um nome: Empire (2015). Um “novelão” viciante que coincidentemente tem o mesmo nome e similaridades com  uma novela global que acabou recentemente, Império. O fenômeno televisivo é criado por Danny Strong e Lee Daniels, diretor do filme premiado Preciosa e do bem sucedido – lá nos EUA – O Mordomo da Casa Branca. Se você pensar bem, ambos os filmes tem como protagonistas personagens negros, e é justamente o foco neste específico público-alvo que está a principal razão do estrondoso sucesso de Empire.


Na série, o mundo (perigoso) da indústria musical é explorado a fundo já que o protagonista Lucious Lyon (Terrence Howard, de Homem de Ferro e Os Suspeitos) é um magnata da música, dono de um império no universo do hip hop e com um passado turbulento marcado por crimes diversos.  A descoberta de uma doença faz com que Lucious promova entre os seus três filhos uma batalha ardilosa para conseguir o trono.

  Henson (Cookie) e Howard (Lucious): personagens fortes


Andre (Trai Byers) é o mais velho dos primogênitos, o único com ensino superior, dedicou a vida trabalhando na empresa, porém, não tem talento musical; Jamal (Jussie Smollet) - o mais querido da audiência - é o mais talentoso da família, mas é gay, cuja orientação sexual para o seu pai é inaceitável; Hakeem (Bryshere Gray), o caçula, o mais impetuoso e briguento dos irmãos, o preferido de Lucious para assumir o trono, faz  um hip hop mais agressivo, ao contrário do som “Usher de ser”  e da voz suave do Jamal. Para complicar a vida de Lucious, Cookie (Taraji P. Henson, ótima) a ex-mulher barraqueira,  após 17 anos presa, fica livre e também quer a sua parte nos negócios do “Lyon”. Cookie é a melhor personagem da série, escandalosa, explosiva e impagável. 


Eu digo que Empire é um “novelão” - no melhor sentido possível - porque os elementos que permeiam a trama são típicos de um folhetim, a começar pela família problemática e os dramalhões que a cercam,  como a briga dos filhos pelo poder e o comando na empresa do pai, as inúmeras traições, a ganância e a incessante busca pela fama e o dinheiro, tudo isso faz de Empire irresistível. Além destes aspectos, a série vicia o espectador pelo ritmo vertiginoso da trama, os segredos e tramoias dos personagens são descobertos rapidamente, “amarrando” o espectador até o próximo capítulo.

 A trilha sonora é um dos destaques da série


Outro destaque de Empire está na trilha sonora produzida por Timbaland – certamente você já dançou muito as músicas do produtor. As canções originais são uma atração à parte, principalmente quando Jamal solta a voz. (Clique  aqui e confira uma cena com a melhor música da  trilha). Toda a família agarra o microfone em algum momento na história.  Empire não é uma versão hip hop de Glee, não se preocupem, os personagens aqui não conversam cantando e vice e versa, eles cantam apenas em apresentações ou quando estão em estúdio gravando o álbum. 


O seriado tem feito tanto sucesso na TV americana que uma penca de artistas participou da primeira temporada, Jennifer Hudson, Naomi Campbell, Mary J. Blige, Rita Ora, Courtney Love - interpretando uma versão dela mesma -, Snoop Dogg, Estelle, entre outros.

 

A primeira temporada de Empire tem 12 episódios carregados de emoções fortes e bem sustentados com boa música, ostentação, intrigas, revelações bombásticas - há uma surpresa praticamente a cada episódio - personagens fortes e bem delineados e ainda tem o trunfo de construir um novo olhar sobre um universo rico, polêmico e pouco explorado na TV, que é o da comunidade negra e da cultura hip hop. 


A série estreia no Brasil em agosto no canal Fox Life.


NOTA: 9,0

Confere o trailer!




Um comentário:

  1. Adorei as criticas do filme, obrigada por compartilhar! Eu gostei por causa do Taraji P. Henson, adoro os filmes desta atriz. Em Proud Mary em incredible. Ela sempre surpreende com os seus papéis, pois se mete de cabeça nas suas atuações e contagia profundamente a todos com as suas emoções. Adoro porque sua atuação não é forçada em absoluto. Suas expressões faciais, movimentos, a maneira como chora, ri, ama, tudo parece puramente genuíno. Perssonalmente considero um dos melhores filmes. Más seguramente o êxito de Proud Mary 2018 deve-se a participação dela no filme, porque tem muitos fãs que como eu se sentem atraídos por cada estréia cinematográfica que tem o seu nome exibição. Além, acho que a sua participação neste filme de suspense realmente ajudou ao desenvolvimento da história. Ninguém poderia fazer o papel de Taraji melhor do que ela.

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