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13 de maio de 2013

Hemlock Grove: Uma série de bizarrices




Uma série estranha com personagens bizarros, assim é Hemlock Grove, nova produção do canal pago, Netflix. A série de terror e mistério é produzida por Eli Roth, diretor de filmes ultra violentos como O Albergue e Cabana do Inferno. Porém, não espere a sanguinolência exagerada típica dos filmes de Roth em Hemlock Grove, o cineasta está um pouco contido e preferiu economizar no sangue.

A série começa com o assassinato brutal de uma garota, aparentemente por um lobisomem, e explora o impacto do crime na pequena cidade de Hemlock Grove. Apesar da premissa ser muito semelhante com séries como Teen Wolf e True Blood, e apresentar personagens fantásticos, neste caso, há o lobisomem, pessoas com alta capacidade de persuasão e uma garota com rosto deformado que muito lembra o Frankestein,  esta produção original não tem o ritmo vertiginoso da série da MTV e da HBO. A narrativa é lenta, assim como o desenvolvimento dos personagens.


Roman: o personagem mais intrigante de HG.


O primeiro episódio é estranho, irregular, nada acontece, exceto pelo assassinato, há muitos personagens, subtramas e diálogos, o piloto não atrai o bastante para você querer ver o segundo episódio.  Mas eu sou uma pessoa que não desiste fácil, e apesar do ritmo maçante, fui fisgado pela proposta intrigante da série e pela bizarra família Godfrey. Olivia (Famke Janssen, da trilogia X:Men, em excelente atuação) é a matrona da família, sexy e misteriosa. Shelley, a filha de Olivia, é uma aberração em forma de garota, alta, tem um olho maior que o outro, não fala, é meio radioativa. Por último, o personagem mais intrigante e interessante da série, Roman Godfrey (Bill Skarsgard, e adivinha só, ele é irmão de Alexander Skarsgard, o Eric de True Blood). O garoto rico tem um Q de sociopata e o poder de persuadir as pessoas a fazerem o que ele quiser, ao lado de Peter, um cigano/lobisomem e principal suspeito do crime, sairá à procura do verdadeiro assassino.

Uma das melhores cenas da série.


Hemlock Grove tem seus pecados, após ver seis episódios, percebi que são estas características peculiares que a distinguem de outras séries de suspense e mistério em exibição atualmente e que você acaba se acostumando com elas, por exemplo, eu já me habituei com o ritmo moroso do programa. Em doses pequenas e sem nenhuma pressa, vamos sendo arrastados para o mundo de esquisitices de Hemlock Grove e nos envolvendo cada vez mais com os personagens ambíguos e problemáticos e suas vidas cheias de mistérios avassaladores.

Janssen, sedutora sem fazer força.

A série do Netflix segue um caminho arriscado por não fazer nenhuma questão de te cativar de imediato, mas tem suas qualidades, uma  bela fotografia que torna tudo ainda mais sinistro e efeitos especiais de primeira, a cena de transformação do lobisomem, por exemplo, é impressionante. Se Hemlock Grove resolver todas as pontas soltas e os mistérios de uma forma satisfatória no final da temporada, ela tem tudo para se tornar uma das melhores séries do ano.

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