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22 de abril de 2013

Evil Dead - A Morte do Demônio (2013)




Foi Evil Dead – A Morte do Demônio, o original de 1981, dirigido por Sam Raimi (Homem-Aranha) que inaugurou o gênero filmes-de-terror-de-cabana. Ao longo das décadas, este subgênero foi incansavelmente tão explorado que virou até paródia, com o engenhoso O Segredo da Cabana. Mais de trinta anos após o seu lançamento,  curiosamente é a sua refilmagem que vem trazer um novo fôlego a estes chamados filmes-de-cabana. A Morte do Demônio, a nova versão, é perverso, tão violento e chocante quanto o original. Me lembro bem pouco do filme oitentista, o vi há muito tempo, mas de uma coisa tenho certeza, o volume imenso de sangue falso usado em ambas as produções certamente são similares.

A garota bonitinha e simpática da série Suburgatory, Jane Levy, transforma-se numa jovem demoníaca no remake. Quem ver a série sabe a grande transformação física que a garota sofreu para dar vida à uma viciada em drogas que tem seu corpo "molestado" por um demônio, obviamente, isso também se deve à sua intensa e competentíssima atuação.

Clica na foto para ampliar gente! Rsrs.

A refilmagem inova até no motivo que leva os cinco jovens à cabana. Diferente de outros centenas de filmes do gênero, os jovens não vão se isolar no meio da mata para beber, fumar maconha e fazer sexo adoidado. Fede Alvarez, o diretor, não quis saber de elementos cômicos na trama. Os jovens estão unidos para ajudar a protagonista a se livrar do vício da cocaína. Tudo é muito pesado, o ambiente, as falas, mesmo  antes do “demônio” despertar e começar o massacre.

O grande barato da produção é a total rendição do diretor ao estilo gore, ou seja, ele abusou da extrema violência em cenas chocantes e nojentas de decapitações, mutilações e até vômito de sangue jorra na tela.  A Morte do Demônio não é para qualquer um, muito menos para aqueles que acham que “O Chamado”, é o filme mais amedrontador de todos os tempos...

Jane, sem o capeta no corpo, com o diretor Federico Alvarez.

Não basta fazer um remake, é preciso atribuir um “algo a mais”, para não parecer apenas uma cópia descarada do produto original. O diretor sabe disso e foi ousado ao excluir elementos significativos da obra dos anos 80 – como o movimento do balanço da casa - e adicionou novas reviravoltas no último ato,  e garanto, as novidades no roteiro não vão desagradar a ninguém. Graças a esta liberdade criativa do diretor vivi na sala escura um das experiências mais assustadoras e angustiantes da minha vida.  

Agora você me pergunta: esta versão supera o original? E eu respondo, sim. A Morte do Demônio é um presente aos admiradores do verdadeiro gênero de terror. Se você não viu o original, não pense que vai escapar, o filme se encontra no You Tube, dublado e completo. Que bacana hein! Assista aqui!

A próxima refilmagem a estrear este ano é do clássico Carrie, A Estranha. Será que também vai nos surpreender?




13 de abril de 2013

5 filmes que podem surpreender você em 2013!




Star Trek: Além da Escuridão, O Homem de Aço, Guerra Mundial Z, esses e muitos outros blockbusters certamente devem arrasar nas bilheterias nessa temporada. Mas o post aqui não é dedicado a eles, mas aos pequenos filmes que não possuem o marketing pesado dessas megaproduções e que possivelmente não vão render rios de dinheiro aos estúdios. 

Bom, considerando que a concorrida temporada do verão americano não é a favorita de todos os cinéfilos, pois alguns preferem o circuito independente, produções menores e sem muito alarde, preparei esta lista. Os filmes a seguir já me conquistaram pelo trailer, outros pelo enredo ou pelo elenco e alguns tem “cara” de que nunca chegarão às telonas dos cinemas nacionais, mas e daí? Agora confira os cinco filmes que podem nos surpreender em 2013:


The Kings of Summer - O teaser-trailer deste filme é sensacional, não diz nada sobre a história ou sobre os personagens, mas é bem divertido e me deixou com uma expectativa altíssima sobre a produção.  O vídeo mostra só três garotos fazendo um batuque cheio de ritmo no meio de uma floresta. Nem quero saber mais do que se trata o longa, minha presença está garantida na estreia. O filme tem circulado em festivais e tem recebido boas críticas, dizem até que é uma mistura de Superbad com o clássico dos anos 80, Conta Comigo. Será a comédia teen, uma espécie de As Vantagens de Ser Invisível do ano? Espero que sim. Olha que teaser bacana!





Only God Forgives – O que esperar quando os responsáveis por um dos melhores filmes de 2011, Drive, se reúnem novamente em um novo projeto? Só coisa boa. Ryan Gosling e o diretor Nicholas Winding Refn retomam a parceria no thriller sangrento Only God Forgives. Gosling parece estar repetindo o personagem de Drive, um homem de poucas palavras e violento, o que não é algo ruim, mas os críticos podem torcer o nariz para o filme. Ainda assim, é uma das produções mais aguardadas por mim neste ano. O rosto de Ryan desfigurado no cartaz já se tornou emblemático na história da sétima arte. O trailer acabou de sair, veja aqui!



The Place Beyond the PinesRyan Gosling, ele de novo, retoma outra parceria com o diretor de Namorados Para Sempre, Derek Cianfrance. Neste drama Ryan contracena com Bradley Cooper, que assim como ele, é um dos maiores astros em ascensão da atualidade. Gosling, com o cabelo loiro oxigenado,  interpreta um motociclista e ladrão de bancos, enquanto seu antagonista, Cooper, vive um policial. Espero mesmo que The Place... nos traga uma boa história e não se limite a ser um filme com apenas um “bom elenco”.  Recém estreado nos cinemas americanos, espero que a visibilidade dos atores envolvidos acelere a estreia aqui no Brasil. Olha o trailer!


Filth -  Pervertido, alcoólatra, desbocado, viciado em sexo e em cocaína. Este é James McAvoy em Filth, baseado na obra de Irvine Welsh, do igualmente “sujo”, Trainspotting. O trailer alucinante e “para maiores” mostra Bruce (McAvoy) fazendo sexo de forma enlouquecida,  bebendo, gritando, se drogando, apanhando. Assim como visto no trailer, o filme promete nos dar uma performance intensa e emblemática de James, que neste ano, tem mais dois filmes bastante promissores para estrear nos cinemas, Welcome to The Punch e Em Transe, do cineasta Danny Boyle, que deve chegar em maio no Brasil. Será 2013 o ano de James McAvoy? Assista ao trailer!


O Maníaco (Maniac, 2012) – Elijah Wood está incrível e assustador neste filme de terror, remake de um clássico de horror dos anos 80. Wood vive um serial killer esquizofrênico que sai às ruas de Nova York matando mulheres para depois usar seus restos mortais em manequins. O trailer é chocante, e a caracterização do ator nos faz esquecer completamente do rosto bondoso e angelical de Frodo em O Senhor dos Anéis. O Maníaco estreia em setembro nos cinemas. Alexandre Aja do ótimo Viagem Maldita, dirige. Confira a prévia!

E aí, ansiosos por esses pequenos/grandes filmes?

3 de abril de 2013

IN THE FLESH - A série dos zumbis em recuperação




A televisão britânica volta a nos surpreender novamente com mais uma produção de grande qualidade e uma premissa inusitada e original: zumbis em reabilitação retornam à vida em comunidade. A série In The Flesh, exibida pelo canal BBC3, é a nova sensação da telinha lá na Inglaterra e uma das melhores surpresas da TV em 2013.

In The Flesh se passa em um tempo, digamos, pós - The Walking Dead. Em um mundo após a ameaça dos mortos-vivos terem sido contida pelos humanos, nós conhecemos o simpático Kieren Walker (Luke Newberry), ele é Portador da Síndrome de Falecimento Parcial, ou seja, um zumbi em recuperação. Graças a um grupo denominado Força Voluntária pela Humanidade que capturou milhares de zumbis e os submeteram a tratamentos médicos e estéticos, Kieren volta a viver com sua família. Para não assustar ninguém e se passarem por pessoas normais, o garoto é obrigado a usar lentes de contato, maquiagem, além de levar diariamente uma injeção para conter os impulsos selvagens de sua antiga condição.

Luke Newberry como o zumbi, e como ele mesmo.

Acompanhamos então, essa adaptação dolorosa de Kieren à “nova vida”. Além de se sentir deslocado todo o tempo, o garoto ainda tem que conviver com a arrogância e o preconceito da irmã, integrante de um grupo que aniquila zumbis, e enfrentar a intolerância e o ódio de toda a cidade que já não o vê mais como um humano, mas como um monstro. Sem falar nos seus pais atrapalhados, que ainda não se acostumaram com o filho ex-zumbi.

In the Flesh nos encanta pela fotografia “pálida”, o roteiro bem desenvolvido, os cenários apocalípticos e principalmente pelo drama do personagem principal. Esqueça o corre-corre típico dos filmes de mortos-vivos, mesmo que existam algumas poucas cenas de perseguição e outras bastantes assustadoras, estes elementos não fazem parte da fórmula do programa. A série prefere se concentrar na penosa e melancólica volta de Kieren a sociedade, explorar e usar a intolerância e o preconceito da humanidade aos “reabilitados” como uma metáfora aos atos de grupos intolerantes da nossa sociedade real. 

Saindo da rehab, voltando para casa.

Revolucionária, inteligente, intimista, In The Flesh quer nos mostrar que os zumbis merecem uma segunda chance e que a humanidade pode ser bem mais cruel que eles. No entanto, gostaria de ressaltar que três episódios é muito pouco para nós adotarmos esse novo ponto de vista, não é Dominic Mitchell (criador da série)? Aguardo desde já a segunda temporada confirmada para 2014.


Se você curte aquele charmoso sotaque britânico, assim como eu, já falei aqui de muitas outras séries inglesas, como Misfits, The Hour, Sherlock, Hunted e Black Mirror. Leia a crítica e assista todos, dê um tempo nos seriados americanos, você não vai se arrepender!



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