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9 de janeiro de 2013

O Impossível



Aflição. Essa palavra define bem o drama-catástrofe O Impossível (The Impossible, 2012), pois é esse o sentimento que nos impregna na maior parte do tempo enquanto assistimos ao filme. O longa do diretor Juan Antonio Bayona (O Orfanato) é baseado na história real de uma família que sobreviveu ao trágico tsunami que devastou a Tailândia em 2004, fazendo mais de 200 mil vítimas.

Naomi Watts e Ewan McGregor - retomando a parceria de A Passagem - são um casal em férias na Tailândia com seus três filhos. O clima antes da tragédia é de diversão e de tranquilidade, o incômodo se concentra apenas nas imagens do mar, que o diretor faz questão de mostrá-las em longos takes, passando uma  sensação de que o mar está “dormindo” e vai acordar a qualquer momento com a maior fúria do mundo. E quando ele “desperta” e a onda vem, não tem para onde escapar. A cena da onda é impressionante, assim como os momentos agonizantes dos personagens embaixo d´ água sendo carregados pela correnteza.  

Sobreviventes em meio ao caos.

Bem, voltando aos personagens centrais. As férias da família são interrompida pelo tsunami separando a mãe dos filhos menores e o pai de sua esposa. A dor da incerteza aliada com a dor física das feridas, que a câmera não faz questão alguma de esconder, é evidenciada pela atuação estupenda de Naomi e do ator britânico McGregor. Destaque também para o jovem ator Tom Holland, que nos emociona vivendo o filho mais velho do casal, o Lucas, ele quase  rouba a cena dos astros hollywoodianos.

Bayona reconstruiu com um realismo assustador o cenário da devastação e o hospital onde as vítimas ficam alojadas, e não poupou na maquiagem, deixando em alguns momentos a personagem de Naomi cadavérica e quase irreconhecível.

Olha a onda. Diversão interrompida.

O Impossível é marcado por momentos tensos e angustiantes -  como a já citada cena da correnteza  - mas há também aquelas mais amenas e esperadas que nos enchem os olhos como as cenas de reencontros dos filhos com os pais, segurar o choro aqui é uma tarefa impossível. Após tantos desencontros e dramas em um ambiente desolador, um final feliz é tudo que nós, espectadores, queremos, mesmo que isto seja previsível demais. O longa é um dos melhores dramas do ano que passou e merecia mais atenção do público. Felizmente, Naomi Watts foi lembrada pela crítica americana e está indicada este ano ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Atriz.

Um comentário:

  1. esse filme é um dos melhores que eu ja assistir merecia o Oscar pois é muito bem feito e emocionante...
    Parabéns a todos que fizeram parte desse filme....

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