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29 de janeiro de 2013

NO - Uma viagem ao Chile ditatorial




Adeus, Pinochet. No, filme chileno indicado ao Oscar 2013 de Melhor Filme Estrangeiro, conta o começo do fim da ditadura do temível Augusto Pinochet.

O longa narra um dos momentos mais importantes da história do Chile, no ano de 1988, por pressão internacional, Pinochet estabelece um plebiscito para decidir se ele permanece, ou não,  no poder.  Durante quase um mês, a TV exibiria 15 minutos de campanha publicitária para os dois lados, o Sí, que apostava na continuação do indigesto ditador no poder, e o No, que significava a saída do general e o fim da ditadura que já durava 15 anos.

Carabineros (polícia) esperam a ordem do general.

O sempre competente Gael García Bernal (O Crime do Padre Amaro,  Diários de Motocicleta) vive o publicitário René Saavedra, que é convocado para assumir a campanha do No. O drama acompanha a rotina do publicitário no desenvolvimento das campanhas contra o general, que ao invés de apelar pelas cenas brutais de tortura e violência realizadas pelo exército do ditador, faz algo mais criativo e resolve apostar nas cores e na alegria do povo chileno que eram representadas por coreografias e jingles com refrões grudentos. Mesmo avessos ao estilo publicitário de René, os figurões do partido adotam a ideia, revolucionária para a TV na época e que logo é copiada pelo lado opositor - características publicitárias em campanhas políticas? Ninguém havia visto ou feito. Quem acompanha a série Mad Men, vai curtir No, pois suas melhores cenas são aquelas em que os personagens estão trabalhando nas peças publicitárias. Pode-se dizer até, que o longa faz uma bela homenagem a esses profissionais tão criativos.

Estilo "velho" do filme é um de seus pontos positivos.

Pablo Larraín, o diretor, realizou uma obra cheia de significados. No (2012), além da ode aos publicitários, retrata de maneira fiel um grande momento da história chilena, capta de forma fidedigna o sentimento de paranoia que afligia a população anti-Pinochet. Tal realismo é potencializado e justificado por um dos principais trunfos da película, o estilo de filmagem pelo qual o diretor optou. No, foi filmado com fitas magnéticas de baixa resolução, o mesmo formato que era usado nas televisões chilenas no período. A escolha por esse estilo é óbvia, Larraín queria mesclar as imagens de arquivos originais das campanhas com as do filme, tudo isso para prender o espectador e fazê-lo viajar no tempo, e sentir como se estivesse em 1988. O resultado é impressionante, as imagens de arquivos passam despercebidamente aos nossos olhos.

Apesar do tema -  política/ditadura - parecer pesado, No não é denso, nem é sério demais, as cenas de gravação das campanhas até nos divertem, mas é tenso nos momentos que é preciso,  o filme encanta pelas imagens com luz propositadamente estouradas e pela direção de arte bem cuidada. No é um drama descaradamente anti-general,  obrigatório para quem gosta de história e política. E  claro, (mais) uma prova de que nossos vizinhos também sabem realizar filmes de qualidade. 


Este não é o primeiro filme chileno que eu comento aqui, La Nana, uma pérola cinematográfica festejada em vários festivais anos atrás, já teve um post aqui no blog. Veja a crítica e dê uma chance ao cinema latino-americano.

26 de janeiro de 2013

J. J. Abrams - Todos querem um pedaço do gênio!




Jeffrey Jacob Abrams é o homem de ouro de Hollywood da atualidade, e isto ninguém pode contestar. Todo mundo quer uma fatia da sua mente brilhante. De quem estamos falando mesmo? Ah, é o J. J. Abrams, roteirista, produtor e diretor, que recentemente divulgou que vai assumir a nova versão de Star Wars. Com a sequência de Star Trek estreando este ano, a gente ainda vai ouvir falar muito desse cara – como se isso já não acontecesse, a cada dia leio uma notícia de uma nova série que vai produzir.

Abrams é um dos homens mais requisitados da indústria do cinema, e agora um dos mais poderosos, pois será responsável por duas das maiores sagas do cinema: Star Trek e Star Wars.

Seus filmes são garantia de público e de boas críticas,  ele é um incansável nerd que vem colecionando hits tanto na TV quanto no cinema. Sou um fã confesso do diretor desde a polêmica Lost, é o cara do suspense, do mistério, da ficção científica, suas obras são envolventes, fantasiosas, repleto de efeitos especiais, mas ele sempre faz questão de humanizar seus personagens. Se eu tinha revirado o olho com a notícia do remake de Star Wars, com Abrams no comando, minhas esperanças foram recuperadas, In Abrams I Trust. Confira abaixo, os seus melhores trabalhos como produtor e diretor.


Lost (2004 – 2010)Esta é a série que é massacrada até hoje em razão de seu final um tanto comum demais para os espectadores que esperavam algo mirabolante em seu desfecho, talvez porque já estavam (mal) acostumados com as inúmeras surpresas que a série nos proporcionou em suas seis temporadas. Deixando isso de lado, Lost é uma das melhores e mais criativas séries da televisão, inovadora em sua narrativa, seu mundo ficcional não se limitou à TV e foi parar na web, em HQs, e em outras mídias, transformando-a em um fenômeno estrondoso, e levou o nome de Abrams aos ouvidos dos figurões de Hollywood. Sua vida nunca mais foi a mesma. Além de produtor da série, J. J. dirigiu os dois (ótimos) primeiros episódios da série.



Alias (2001 – 2006)Antes de Lost, Abrams já havia criado uma das séries de espionagem mais bacanas da TV, Alias Codinome: Perigo, estrelada por Jennifer Garner, e que contou também com a  participação de um (ainda) desconhecido Bradley Cooper. Jennifer vive Sidney Bristow, uma jovem agente secreta da CIA mas que tem que atuar como uma agente dupla, complicando ainda mais a sua vida pessoal e as suas missões espetaculares e eletrizantes. Com uma trama complexa e muitas reviravoltas, Alias continua sendo um bom programa para quem curte o gênero. Abrams atuou na série como produtor, além de roteirizar alguns episódios.



Fringe (2008 – 2013)Fringe foi a primeira série cuja campanha de marketing antes de sua estreia usou o nome de J. J. Abrams – “do mesmo produtor de Lost” - como chamariz nos comerciais e nos trailers do programa, aumentando as expectativas do público para a nova atração scifi.  Fringe estreou com uma recepção morna da crítica, embora tenha obtido sucesso em termos de audiência. Ao longo das temporadas, o quadro se inverteu, o público abandonou o seriado enquanto a crítica aclamava-o cada vez mais. Resumindo, Fringe, cujo final foi exibido este mês nos EUA, ganhou status de cult e terminou como sendo uma das séries de ficção científica mais originais e surpreendentes já produzidas. A série já deixa saudades.



Star Trek (2009)Se o nerd conseguiu reinventar essa franquia de forma bem sucedida, apresentou a nave Enterprise e seus tripulantes para um novo público e conquistou novos trekkers, por que não considerá-lo para re(filmar) uma outra grande franquia do cinema criada por George Lucas? Star Trek foi uma grande surpresa para mim naquele ano, claro que eu confiava no talento do diretor, mas o único filme da saga que tinha visto, eu tinha odiado, então, eu fiquei um pouco sem expectativas em relação à ele. Resultado: tornei-me um trekker de carteirinha, e aguardo ansiosamente pela sua sequência, Além da Escuridão, que estreia em junho. Após dirigir Missão Impossível III e com esta produção no currículo, J.J. se consagrou como um dos melhores e mais competentes diretores de filmes de ação e aventura.



Cloverfield – Monstro (2008)Com uma excelente campanha de marketing, que deixava todo mundo afoito morrendo de curiosidade para ver o filme,  a fita de monstro no estilo “câmera na mão” foi mais uma prova de que o nome J. J. Abrams, que assinava a produção, significava grande sucesso comercial.  Com um orçamento baixo, Cloverfield se tornou um sucesso de bilheteria. Abrams reinventou mais uma vez, realizou uma ficção científica com elementos do subgênero “pseudo-documental” e agradou a todos. Caótico e realista, Cloverfield deve ganhar uma sequência em breve.



Super 8 (2011) Esta deliciosa aventura infanto-juvenil no estilo anos 80, foi escrita e dirigida por J. J., é uma homenagem descarada a um dos seus maiores ídolos, Steven Spielberg e à sétima arte. Produzida por Spielberg, Super 8 mistura humor, aventura e cenas de ação de tirar o fôlego de forma equilibrada, sem nunca deixar de lado os personagens e seus dramas pessoais, este é o estilo de Abrams, é sua marca registrada, assim como  Star Trek, Super 8 é um filme divertido, indicado para todos os públicos, inteligente e envolvente, é justamente isto que se deve esperar de Star Wars VII.


Nosso gênio homenageado não para. Vai produzir a série Believe, em parceria com o diretor Alfonso Cuáron, e outra sobre uns robôs policiais, que terá como produtor principal,  J. H. Wyman, de Fringe. O cara não é foda?

17 de janeiro de 2013

Banshee - a nova série de Alan Ball



O ano mal começou e já temos um dos pilotos de séries mais surpreendentes e instigantes de 2013. Me refiro à promissora Banshee, nova investida do roteirista Alan Ball, criador também de True Blood e da fúnebre (e excelente) A Sete Palmos (Six Feet Under).

A nova série de ação estreou semana passada no canal Cinemax e já me conquistou nos seus primeiros cinco minutos, quando o protagonista Lucas Hood (interpretado pelo desconhecido e boa pinta Antony Starr) entra numa perseguição cinematográfica e pra lá de empolgante nas ruas de Nova York, culminando na queda de um ônibus de turismo que vem se arrastando em sua direção. É de tirar o fôlego!

Início da série é eletrizante.

O protagonista é aquele típico cara “fodão”, determinado, impulsivo, valentão, consegue facilmente uma transa com a primeira mulher que aparece em sua frente e luta com três ou quatro caras com uma facilidade anormal. É verdade que desses tipos já existem muitos na TV e no cinema, esta não é a novidade  em Banshee,  mas garanto que o ator Antony Starr encarna bem o tipo, só espero que seu personagem ganhe mais profundidade nos próximos episódios.


A premissa básica também não é assim um poço de originalidade: um habilidoso ladrão sai da cadeia após ficar preso por 15 anos e assume a identidade do novo xerife da cidade.  Porém, a  cereja do bolo da série está no contexto no qual esta história está inserida e nas inúmeras ramificações que essa trama pode seguir, e claro, em se tratando de Alan Ball, não vamos esperar pelo óbvio, mas por muita ação, violência e coisas bizarras.

Antony Starr fazendo cara de "amigável".

Banshee é o nome da cidade onde Lucas vai parar após sair da prisão,  o local é próximo a uma comunidade Amish (aquele povo misterioso e super conservador que adora andar de carroça e vive como estivesse no século 18), e como já disse, esse elemento deve render ótimas subtramas na série. Outro ponto a destacar, é o antagonista, que tem o nome estranho de Kai Proctor e deve atormentar bastante  a vida do nosso protagonista, é o cara que manda na cidade inteira e responsável por várias atividades ilegais ali. Sua presença em cena nos causa arrepios.

Além desses dois personagens também vale citar o travesti-hacker Job, amigo de Lucas. A princípio, pensei: “Ah, é uma versão high-tech do Lafayette de True Blood". Mudei completamente de opinião com a cena em que ele causa uma explosão, assim, de uma forma discretíssima. Job promete roubar a cena do personagem principal.

Lucas e seu amigo Job, um travesti cheio de surpresas tecnológicas.

Com uma história inicial bem contada, produção impecável, e uma eficiente apresentação dos tantos personagens da série, Banshee me conquistou de imediato, espero que a sua qualidade seja mantida nos próximos nove episódios. As cenas de luta, violentas, sangrentas e chocantes, são outros atrativos da série, elementos que não podiam faltar num programa do Mr. Ball não é mesmo? Ah, já ia esquecendo, as cenas de sexo tórridas, complementam o cardápio.

Banshee tem uma trama bastante promissora, é essa a sensação que tive no final do primeiro episódio, fazia tempo que eu não assistia a algo e no fim ficava tão ansioso para ver o próximo capítulo. Se interessou? Veja o trailer!

15 de janeiro de 2013

Safety Not Guaranteed (Sem Segurança Nenhuma)


Conheça esta agradável comédia sobre viagem no tempo lançada no ano passado nos EUA, mas que você dificilmente verá nos cinemas nacionais em 2013



Estava preparando um post sobre  alguns filmes  de 2012 que certamente não chegariam aos cinemas nacionais, tendo o seu futuro reservado para as prateleiras das (poucas) locadoras que ainda sobrevivem por aí. O primeiro filme que vi foi uma comédia indie chamada Safety Not Guaranteed, sucesso de crítica lá fora e que trata o tema  “viagem no tempo” de uma forma muito inovadora. O resultado final foi tão surpreendente que eu decidi reservar um post somente para esta deliciosa película.

A premissa  de Safety Not Guaranteed  (Segurança Não Garantida, 2012) é originalíssima. O canastrão repórter Jeff (Jake Jonhson) e mais dois estagiários, Darius (Aubrey Plaza, ótima) uma garota descontente com a vida e adepta do pensamento de que os bons tempos já passaram, e o tímido Amal (Karan Soni), entram numa investigação para encontrar o responsável por um anúncio um tanto insólito, no qual se procura um parceiro para fazer uma experiência envolvendo uma viagem no tempo.

 Aubrey Plaza: Já virou musa indie!

A viagem no tempo propriamente dita não é o tema central do filme, mas a possibilidade de poder voltar no tempo para corrigir erros e malefícios cometidos no passado. Todos os três personagens possuem um problema relacionado com o passado e que justifica o aborrecimento deles em relação ao mundo e com suas respectivas vidas (vazias).

Em busca de uma "máquina do tempo".

Darius é a protagonista do longa, ela já nos cativa nos primeiros minutos com seu jeito atrapalhado e sua visão de mundo pessimista. Ao longo da narrativa vamos nos simpatizando com os seus companheiros de cenas e nos identificamos muito com eles, suas atitudes nos dizem muito sobre aproveitar o tempo que temos e as oportunidades, para não nos arrependermos de nada no futuro.

O elenco e o diretor Colin Trevorrow (de óculos).

Embalado por uma trilha descolada de baladas rock indie,  acompanhamos a jornada de Darius e seu novo amigo Kenneth -  o cara que publicou o anúncio - em busca dos artefatos para realizar a tal viagem no tempo. O grande barato de Safety Not Guaranteed é que até o final do filme, paira sobre Darius e os seus amigos, e  sobre nós também, aquela dúvida quanto à sanidade do Kenneth e a real existência da máquina do tempo. Quer saber se a viagem no tempo acontece? Ah, não conto, assistam a esta pequena obra, divertida, mas bastante reflexiva. 

Safety Not Guaranteed sai em DVD em fevereiro no Brasil com o título de Sem Segurança Nenhuma  Assista ao trailer!

9 de janeiro de 2013

O Impossível



Aflição. Essa palavra define bem o drama-catástrofe O Impossível (The Impossible, 2012), pois é esse o sentimento que nos impregna na maior parte do tempo enquanto assistimos ao filme. O longa do diretor Juan Antonio Bayona (O Orfanato) é baseado na história real de uma família que sobreviveu ao trágico tsunami que devastou a Tailândia em 2004, fazendo mais de 200 mil vítimas.

Naomi Watts e Ewan McGregor - retomando a parceria de A Passagem - são um casal em férias na Tailândia com seus três filhos. O clima antes da tragédia é de diversão e de tranquilidade, o incômodo se concentra apenas nas imagens do mar, que o diretor faz questão de mostrá-las em longos takes, passando uma  sensação de que o mar está “dormindo” e vai acordar a qualquer momento com a maior fúria do mundo. E quando ele “desperta” e a onda vem, não tem para onde escapar. A cena da onda é impressionante, assim como os momentos agonizantes dos personagens embaixo d´ água sendo carregados pela correnteza.  

Sobreviventes em meio ao caos.

Bem, voltando aos personagens centrais. As férias da família são interrompida pelo tsunami separando a mãe dos filhos menores e o pai de sua esposa. A dor da incerteza aliada com a dor física das feridas, que a câmera não faz questão alguma de esconder, é evidenciada pela atuação estupenda de Naomi e do ator britânico McGregor. Destaque também para o jovem ator Tom Holland, que nos emociona vivendo o filho mais velho do casal, o Lucas, ele quase  rouba a cena dos astros hollywoodianos.

Bayona reconstruiu com um realismo assustador o cenário da devastação e o hospital onde as vítimas ficam alojadas, e não poupou na maquiagem, deixando em alguns momentos a personagem de Naomi cadavérica e quase irreconhecível.

Olha a onda. Diversão interrompida.

O Impossível é marcado por momentos tensos e angustiantes -  como a já citada cena da correnteza  - mas há também aquelas mais amenas e esperadas que nos enchem os olhos como as cenas de reencontros dos filhos com os pais, segurar o choro aqui é uma tarefa impossível. Após tantos desencontros e dramas em um ambiente desolador, um final feliz é tudo que nós, espectadores, queremos, mesmo que isto seja previsível demais. O longa é um dos melhores dramas do ano que passou e merecia mais atenção do público. Felizmente, Naomi Watts foi lembrada pela crítica americana e está indicada este ano ao Globo de Ouro e ao Oscar de Melhor Atriz.

6 de janeiro de 2013

Psicose - o maior suspense do cinema é revisitado



Antes de tudo, Feliz Ano Novo leitores. O primeiro post do ano não é sobre um lançamento cinematográfico ou uma nova série, mas sobre um dos clássicos do cinema, Psicose, e o seu diretor Alfred Hitchcock, que este ano terá sua obra “ressuscitada” na TV pela série Bates Motel, que mostrará a juventude de Norman Bates, o psicopata de Psicose. Já no cinema, Hitchcock é o nome da produção que vai narrar um caso amoroso do cineasta nos bastidores do suspense de 1960.

Relação entre mãe e filho será o foco na série Bates Motel

Bates Motel estreia em março, o trailer da série me deixou com altas expectativas, e Freddie Highmore (o menino de A Fantástica Fábrica de Chocolate que agora é gente grande) vive o tímido e transtornado Norman Bates e parece que a escolha do ator foi mais que acertada. Hitchcock, o filme, estreia em fevereiro, e tem Scarlett Johansson como a loira que reviverá a famosa cena do clássico do chuveiro e Anthony Hopkins interpretando o diretor. É, este ano é de Alfred, um dos primeiros diretores que aprendi a gostar antes mesmo de se tornar um cinéfilo.

Perkins, atuação elogiada e lembrada até hoje.

Se você deseja ver a série ou o novo filme sobre os bastidores de Psicose, obviamente é necessário assisti-lo. Psicose é muito inovador para a sua época, por muitos motivos, o diretor não hesitou em “matar” a  sua protagonista  na metade do filme, a cena do chuveiro foi filmada em 70 diferentes ângulos, os diálogos em off de outros personagens enquanto a protagonista Marion Crane (Janet Leigh) dirige seu veículo, é um dos artifícios mais criativos usados no cinema que já vi. Ah, e tem a poderosa e angustiante trilha sonora, certamente um dos maiores trunfos do longa.

A fotografia belíssima em preto, branco e os impressionantes tons de cinza nos cenários rico em detalhes, evidencia a preocupação do diretor com a parte estética da produção. Anthony Perkins, que vive o psicopata mais famoso do cinema, exala simpatia e assusta apenas com o olhar. A conversa entre ele e Marion numa sala cheia de animais empalhados é tensa, e pelas variações de tom de voz de Norman já podemos notar que o rapaz esconde uma personalidade doentia.


Hitchcock, imortal.

Psicose é sem dúvida o melhor suspense de todos os tempos, é meu filme predileto do Sir Alfred, ele encabeça uma lista de outras quatro obras-primas hitchcockianas indispensáveis para qualquer um que aprecie a sétima arte.

Os meus preferidos do Sir Mestre do Suspense:

1- Psicose (1960)
2- Disque M para Matar (1954)
3- Os Pássaros (1963)
4- Intriga Internacional (1959)
5- Janela Indiscreta (1954)


Confira abaixo o tenso trailer da série Bates Motel.



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