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28 de setembro de 2012

Flores do Oriente



Às vezes, atos heróicos emanam de pessoas comuns ou simplesmente daquelas que menos esperamos. É nessa ideia que se baseia o drama de guerra Flores do Oriente (Flowers of War, 2011), longa do cineasta chinês Zhang Yimou, que realizou o incrível filme Herói.

Pouca gente sabe, mas os japoneses e chineses possuem uma rixa histórica, e tudo se deve à chacina que o exército japonês perpetrou na cidade de Nanquim, em 1937, batalha que ficou conhecida como O Massacre de Nanquim. Além de assassinar duzentos mil civis chineses, dizem que o exército do Japão realizou um estupro coletivo de milhares mulheres da China. É nesse contexto que se ambienta Flores do Oriente, estrelado por Christian Bale.

Meninas do convento versus mulheres prostitutas.

Bale vive John Miller, um americano agente funerário que chegou a Nanquim para enterrar um padre. Ele se hospeda em uma igreja, e lá vai conviver com duas classes completamente distintas, as meninas órfãs de um convento e com alguns espécies  advindas do campo do meretrício, vulgarmente falando, as prostitutas.

Apesar de ter o “Batman” como protagonista, o filme não é de Christian, ele não brilha tanto como os outros coadjuvantes, que vão ganhando espaço ao longo da trama, especialmente a líder das animadas e falantes prostitutas, vivida pela esbelta atriz Ni Ni.

Flores do Oriente – por que não traduzir o título original? Flores da Guerra, é bem mais atrativo – é um filme de guerra diferente, comovente, emocional, visualmente belo, o diretor faz questão de ressaltar as cores e pausar algumas cenas, uma trilha sonora melancólica, e um roteiro um pouco clichêzado, como por exemplo, a transformação do protagonista de homem egoísta  para um indivíduo mais humano.  Mas acredite,  nesse caso, o clichê não diminui a qualidade da fita.

O horror da guerra faz vítimas.

O longa alterna momentos de brutalidade e violência extrema com aqueles permeados de muito sentimentalismo, mas nada disso importa, quando nos apegamos às mais de 20 personagens femininas em meio à realidade cruel da guerra e sem muitas expectativas. E quando o clímax chega, não tem como conter as lágrimas. O final aberto escolhido por Yimou não poderia ser melhor, dá ao espectador um sentimento de amargura e de esperança ao mesmo tempo, condição que causa alívio e nos conforta enquanto os créditos finais vão subindo e vamos repensando a nossa vida.

4 comentários:

  1. Parece interessante! Quando tiver opurtunidade dou uma conferida.

    abraço

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  2. Cara, já ouvi falar super bem desse filme. Faz tempo que passo por ele na locadora e fico só no quase! Vou conferir e após dou minha opinião por aqui! Valeus!

    Bruno Paes

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  3. Então! Assisti ontem mesmo. O filme é bem bom, concordo com tudo o que foi dito por você e ressalto o visual, que ao meu ver, é o ponto mais forte do filme! O fim é definitivamente melhor do que o início. Confesso que demorei para me acostumar com as peculiaridades do filme, mas com o desenrolar da carruagem vamos nos apegando e ao termino fazemos parte da história! Não é uma obra-prima, mas vale a apreciação! hehehehehe!
    Aguardo o próximo post!

    Abraço!

    Bruno Paes

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    Respostas
    1. Obrigado Marcelo e Bruno pelos comentárioss!!! Pois é, não dava nada pelo filme, e acabei me surpreendendo!

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