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12 de agosto de 2012

A Trilogia Batman: Grandes Momentos



A trilogia Batman, a versão de Christopher Nolan claro, foi concluída de forma grandiosa, o último capítulo do homem-morcego foi tão genial quanto seus antecessores, trata-se de uma trilogia irretocável, perfeita e une-se a outras igualmente fantásticas  como  De Volta para o Futuro e O Senhor dos Anéis. Nolan (gênio!) nos apresentou uma Gotham suja, corrupta, assustadora, deu vida a um herói humanizado, realista, e realizou três filmes magníficos, adultos, surpreendentes, inteligentes (demais) e sombrios.  Devido ao encerramento dessa trilogia ímpar, que tal relembrarmos os momentos mais marcantes do cavaleiro das trevas mais cultuado e bem sucedido do cinema? 


BATMAN BEGINS (2005)

“I´m Batman”.  Após os filmes-desastre-tortura do super-herói nas mãos do diretor Joel Schumacher nos anos 90, ver o renascimento de Batman numa visão mais séria e realista dada pelo visionário Christopher Nolan, foi no mínimo extasiante. Sei que esta primeira parte da trilogia tem muitos bons momentos para comentar, mas escolhi a cena da primeira aparição de Bruce Wayne (Christian Bale) como seu alter ego, o Batman. Após uma hora de fita, o herói surge na escuridão, fazendo desaparecer um por um os capangas do criminoso Falcone, após uma cena de luta fantástica e muita tensão, o homem-morcego captura Falcone e responde aquela tal pergunta com uma voz aguda e demoníaca:  “I´m Batman”.  Sensacional. Este momento marca a volta do herói no combate ao crime em Gotham City no mundo fictício,  no mundo real, é o seu retorno triunfal à cultura pop, sem uniformes com mamilos e nenhum exagero nas cores.


O CAVALEIRO DAS TREVAS (2008)

“Why so serious?”. Esta é a parte em que o nosso super-herói foi ofuscado por um anarquista maquiado, o Coringa, interpretação assombrosa de Heath Ledger.  É fato, Coringa rouba a cena em todas em que aparece, difícil citar a minha preferida,  posso citar a cena em que ele faz um lápis “desaparecer”,  a sequência do roubo ao banco, mas o momento mais insano e hilário, o meu favorito claro,  é aquele em que o "agente do caos" sai do hospital vestido de enfermeira com o local explodindo ao fundo,  sua felicidade se esvai por um breve momento quando o controle trava e a explosão para, e ele fica batendo descontroladamente no detonador para continuar com o seu roteiro de caos e destruição na cidade. Para mim, uma cena antológica e um vilão que entrou no hall dos maiores vilões da história do cinema.

  
Roubo e Perseguição:  A sequência inicial do roubo ao banco onde o Coringa vai eliminando um por um de seus “companheiros”,  terminando com o gerente de banco com uma granada de mentirinha na boca é intensa demais para um começo de filme. A trilha sonora dramática  e arrebatadora só aumenta a nossa aflição. Melhor que esta, somente a incrível e bem orquestrada sequência de perseguição que conta com um caminhão,  um carro-forte, viaturas e o tumbler/moto do Batman. É daquelas cenas que você põe para repetir milhares de vezes e nunca se cansa de vê-la.


CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE (2012)

“Ops!”. Selina Kyle está vestida de garçonete, entra em um quarto da mansão Wayne e rouba um colar. Ela é pega no flagra pelo dono da casa, Bruce, e  após dizer que não bate em aleijado, derruba o Batman chutando a muleta que o sustentava, e depois solta um “ops”. A cena é uma boa forma de apresentar a personagem, só aí já podemos saber que ela é sexy, dissimulada, perigosa, destemida. Para mim, Anne Hathaway - e sua  versão da Mulher-Gato -  ganhou minha simpatia só por este breve e sarcástico momento. Michelle Pfeiffer, sorry.


“É preciso cair para se levantar”. - O momento da luta entre Batman e o grandalhão Bane (Tom Hardy) é impressionante e ao mesmo tempo angustiante, não foi fácil ver a queda do nosso herói e ouvir seus ossos serem esmagados. Pela primeira vez, sentimos que Batman encontrou um adversário aparentemente invencível e que sua morte é apenas uma questão de tempo. Mas lembram que lá em Batman Begins, Alfred (Michael Caine ) repetia sem parar a frase “É preciso cair para se levantar”? Pois é,  este momento de ressurreição do cavaleiro negro no último ato também é fascinante,  seu acerto de contas com o vilão mascarado, assim como a batalha final envolvendo os capangas de Bane e os policiais é sem dúvida a melhor sequência de luta da trilogia. Como último capítulo e última cena de combate, Nolan certamente queria fazer algo grandioso, violento, intenso, e com um desfecho satisfatório, ao menos para mim, ele cumpriu esta missão com louvor.

Eu já estou com saudades do mundo sombrio e dos personagens desta trilogia, e você? Não sei o que o diretor planeja fazer agora nessa fase pós-Batman, mas de uma coisa já sabemos, In Nolan, I Trust, always. Que venham mais filmes de ação inteligentes por aí...

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