A trilogia Batman, a versão de
Christopher Nolan claro, foi concluída de forma grandiosa, o último capítulo do homem-morcego foi tão genial quanto seus
antecessores, trata-se de uma trilogia irretocável, perfeita e une-se a outras igualmente fantásticas
como De Volta para o Futuro e O
Senhor dos Anéis. Nolan (gênio!) nos apresentou uma Gotham suja, corrupta, assustadora,
deu vida a um herói humanizado, realista, e realizou três filmes magníficos,
adultos, surpreendentes, inteligentes (demais) e sombrios. Devido ao encerramento dessa trilogia ímpar, que
tal relembrarmos os momentos mais marcantes do cavaleiro das trevas mais
cultuado e bem sucedido do cinema?
BATMAN
BEGINS (2005)
“I´m Batman”. Após os filmes-desastre-tortura do super-herói
nas mãos do diretor Joel Schumacher nos anos 90, ver o renascimento de Batman
numa visão mais séria e realista dada pelo visionário Christopher Nolan, foi no mínimo extasiante. Sei que esta primeira parte da trilogia tem
muitos bons momentos para comentar, mas escolhi a cena da primeira aparição de Bruce Wayne
(Christian Bale) como seu alter ego, o Batman. Após uma hora de fita, o herói surge na escuridão, fazendo desaparecer um por um os capangas do criminoso
Falcone, após uma cena de luta fantástica e muita tensão, o homem-morcego
captura Falcone e responde aquela tal pergunta com uma voz aguda e demoníaca: “I´m Batman”.
Sensacional. Este momento marca a volta do herói no combate ao crime em
Gotham City no mundo fictício, no mundo
real, é o seu retorno triunfal à cultura pop, sem uniformes com mamilos e nenhum
exagero nas cores.
O CAVALEIRO DAS TREVAS (2008)
“Why so serious?”. Esta é a parte
em que o nosso super-herói foi ofuscado por um anarquista maquiado, o Coringa,
interpretação assombrosa de Heath Ledger.
É fato, Coringa rouba a cena em todas em que aparece, difícil citar a
minha preferida, posso citar a cena em
que ele faz um lápis “desaparecer”, a
sequência do roubo ao banco, mas o momento mais insano e hilário, o meu
favorito claro, é aquele em que o "agente
do caos" sai do hospital vestido de enfermeira com o local explodindo ao fundo, sua felicidade se esvai por um breve momento
quando o controle trava e a explosão para, e ele fica batendo descontroladamente
no detonador para continuar com o seu roteiro de caos e destruição na cidade. Para mim, uma cena
antológica e um vilão que entrou no hall dos maiores vilões da história do
cinema.
Roubo e Perseguição: A sequência inicial do roubo ao banco onde o
Coringa vai eliminando um por um de seus “companheiros”, terminando com o gerente de banco com uma
granada de mentirinha na boca é intensa demais para um começo de filme. A
trilha sonora dramática e arrebatadora
só aumenta a nossa aflição. Melhor que esta, somente a incrível e bem orquestrada sequência de perseguição que conta com um caminhão,
um carro-forte, viaturas e o tumbler/moto do Batman. É daquelas cenas
que você põe para repetir milhares de vezes e nunca se cansa de vê-la.
CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE
(2012)
“Ops!”. Selina
Kyle está vestida de garçonete, entra em um quarto da mansão Wayne
e rouba um colar. Ela é pega no flagra pelo dono da casa, Bruce, e após dizer que não bate em aleijado, derruba
o Batman chutando a muleta que o sustentava, e depois solta um “ops”. A cena
é uma boa forma de apresentar a personagem, só aí já podemos saber que ela
é sexy, dissimulada, perigosa, destemida. Para mim, Anne
Hathaway - e sua versão da Mulher-Gato - ganhou minha simpatia
só por este breve e sarcástico momento. Michelle Pfeiffer, sorry.
“É preciso cair para se
levantar”. - O momento da luta entre Batman e o grandalhão Bane (Tom Hardy) é
impressionante e ao mesmo tempo angustiante, não foi fácil ver a queda do nosso herói e
ouvir seus ossos serem esmagados. Pela primeira vez, sentimos que Batman encontrou um adversário aparentemente invencível e que sua morte é apenas uma
questão de tempo. Mas lembram que lá em Batman Begins, Alfred (Michael Caine ) repetia sem parar a frase “É preciso cair para se levantar”?
Pois é, este momento de ressurreição do
cavaleiro negro no último ato também é fascinante,
seu acerto de contas com o vilão mascarado, assim como a batalha final
envolvendo os capangas de Bane e os policiais é sem dúvida a melhor sequência
de luta da trilogia. Como último capítulo e última cena de combate, Nolan
certamente queria fazer algo grandioso, violento, intenso, e com um desfecho satisfatório, ao menos para mim, ele cumpriu esta missão com louvor.
Eu já estou com saudades do mundo
sombrio e dos personagens desta trilogia, e você? Não sei o que o diretor
planeja fazer agora nessa fase pós-Batman, mas de uma coisa já sabemos, In
Nolan, I Trust, always. Que venham mais filmes de ação inteligentes por aí...
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