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27 de agosto de 2012

Os brucutus do cinema voltaram!



Os brucutus musculosos do cinema dos anos 80 estão de volta, pela segunda vez, graças a um astro desta mesma estirpe, Sylvester Stallone. Em 2010, Stallone lançou Os Mercenários, produção que marcava não só o retorno dos astros daquele período, mas a maneira de se fazer uma fita de ação descerebrada, cheio de clichês do gênero, explosões e tiroteios em grande escala, mas bem divertido.

Dois anos depois, Sly recruta novamente seus colegas cheios de testosterona para a sequência, Arnold Schwarzenegger, Bruce Willis e Jet Li retornam, e ainda temos Van Damme, Dolph Lundgren e o mais recente “astro de ação”, Jason Statham. Ah, esqueci do mega-referenciado Chuck Norris, ele também foi "ressuscitado" pelo Stallone. Com toda essa nostalgia trazida pelo lançamento de Os Mercenários 2,  que tal você conhecer os melhores filmes desses caras mal encarados aí, que fizeram a alegria de sua mãe, do seu pai, lá naquele tempo quando você ainda engatinhava.  Vamos deixar o preconceito de lado gente, até o Van Damme tem filme bom no currículo.



 Arnold Schwarzenegger - Predador (1987), O Vingador do Futuro (1990), Exterminador do Futuro 2 (1991), True Lies (1994) - O ex-governador  tem a filmografia mais invejada dentre os astros de filmes de ação da época. Nos anos 80, Arnold protagonizou pérolas eternas, filmes que nunca ficarão datados, como O Vingador do Futuro (que ganhou um remake bem pobre com Colin Farrell este ano) e Predador, cuja franquia perdura até hoje. Mas seus melhores trabalhos são certamente aqueles realizados com o diretor James Cameron, o inovador Exterminador do Futuro 2 e o engraçado  e  frenético True Lies, um dos melhores blockbusters da década de 90. Corra para o site de download mais próximo se você ainda não viu o filme na Tela de Sucessos do SBT. Imperdível. Assista ao trailer.


  Sylvester Stallone - Rocky (1976), Fuga Para a Vitória (1981), O Demolidor (1993), Rocky Balboa (2006) – Produtor, roteirista, diretor e ator. Stallone é incansável e atualmente anda muito saudosista. Protagonista de franquias de sucesso nos anos 70/80 com Rambo e  Rocky, Sly sobreviveu a inúmeros fracassos nos anos 90, recuperou o sucesso com o ótimo Rocky Balboa, e hoje, com  Os Mercenários, está muito bem, obrigado. Rocky é um clássico, não há o que falar,  abriu caminho para um subgênero do cinema de ação, os filmes de luta, que Van Damme tanto explorou em sua carreira. O Demolidor, é uma ficção científica bem divertida no qual ele contracena com uma novata e bonitinha Sandra Bullock, recomendo. Não lembra desse? Tem trailer aqui. Quanto ao Fuga para a Vitória, bom, comentei esse filme no mês passado, vai rolando a barrinha aí...


  Jason Statham (Jogos, Trapaças e dois Canos Fumegantes (1998), Snatch - Porcos e Diamantes (2000), Adrenalina (2006) – Os melhores trabalhos deste brucutu inglês são aqueles em que foi dirigido pelo Guy Ritchie, isto é fato, exceto por,  Adrenalina. Este  nervoso e insano filme de ação surpreende pela sua originalidade e sua forma despudorada de ser, e até os anti-Statham vão amar este longa sobre um cara que é envenenado e precisa manter um certo nível de adrenalina para se manter vivo. A sequência saiu em 2009, mas confesso, não vi ainda. Quanto aos outros trabalhos do ator, inclusive sua franquia Carga Explosiva, passe longe, só se você não for muito exigente e não se incomoda em passar umas horinhas sem usar a massa cinzenta e estirado no sofá. Deixo o trailer de Adrenalina para você dá uma espiada.


   Jean Claude Van Damme (O Grande Dragão Branco (1988) – Cena clássica: Frank (Van Damme) está na arena contra o seu maior oponente,  esta é a luta final e está tudo indo bem para o baixinho belga, até que seu adversário joga um pó em seus olhos que o deixa cego, e consequentemente leva uma surra do chinês mal encarado que nos deixa  aflitos e ansiosos pela inevitável reviravolta do mocinho. Esta cena faz parte de O Grande Dragão Branco, produção que passou incansavelmente na programação da Globo, pergunte ao seu pai, ele sabe. É o longa mais bem sucedido do ator, que abriu caminho para seus próximos trabalhos em Hollywood. Mas convenhamos, seu lugar nunca foi nas salas escuras do cineplex, mas no aconchego do lar, já que a maioria dos seus filmes foram -  e ainda são -  lançados direto em DVD, criando um público mais restrito, mas muito fiel. Tem filme completo AQUI.


Chuck Norris - Huummm...que tal as 100 verdades sobre Chuck Norris? 

19 de agosto de 2012

Cinco filmes musicais imperdíveis!


Aproveitando a estreia do musical Rock of Ages, no qual Tom Cruise interpreta um ícone do rock, listei os musicais mais imperdíveis, psicodélicos e sensacionais do novo século, são filmes que possuem aquelas músicas mais grudentas que chiclete.


Moulin Rouge (2001) – Não importa a história, o mais importante mesmo são as músicas. O enredo de Moulin Rouge é bem simples, é sobre um romance proibido entre Satine (Nicole Kidman, linda e ruiva) e Christian (Ewan McGregor e seu vozeirão arrepiante), mas a forma de como a história é contada nessa colorida e psicodélica produção é o grande trunfo. Ela acontece por meio de versões musicais belíssimas e bizarras - no bom sentido -  de hits do Nirvana, Madonna, David Bowie, Beatles, Kiss e muitos outros. É difícil escolher uma performance preferida, mas aquela do telhado em que o casal fazem um mash-up de várias canções de amor, é a melhor de todas. Confira aqui.


Across the Universe (2007) – Foi por causa desse filme que comecei a ouvir Beatles, um pouco tarde eu sei, porém melhor que nunca. Across the Universe é um musical cujo repertório é somente de canções do grupo de John Lennon. As versões dadas pelo elenco a hits como I´ve Just Seen a Face, Hey Jude, I Want to Hold Your Hand, Something e tantas outras são tão boas quanto as originais, algumas ficaram até melhores, me atrevo a dizer. Jim Sturgess e Evan Rachel Wood formam o casal principal, Jude e Lucy, a história de amor entre eles e os dramas de seus amigos são retratados através de mais de 20 músicas dos Beatles, cujas letras se encaixam perfeitamente na trama. Across the Universe é como uma sequência colorida e surreal de videoclipes, mais indicado para quem ainda não descobriu os hits grudentos do quarteto inglês. Strawberry Fields Forever, ganhou uma linda versão e uma sequência visualmente incrível.


Hairspray - Em Busca da Fama (2007) – O musical mais divertido da lista, Adam Shankman (diretor do novo Rock of Ages e de algum episódio de Glee) comanda essa comédia estrelada pela fofa Nikki Blonsky e um arredondado e feminino John Travolta (seu melhor papel desde Pulp Fiction), que interpreta a  mãe da garota que faz de tudo para ser famosa. Hairspray não é uma comedia boba, fala sobre preconceitos, padrões de beleza e conta uma história de superação. O elenco está afinado e engraçadíssimo, Michelle Pfeiffer, Zac Efron, Christopher Walken, Travolta e a própria Nikki dão um show nos vocais e no gingado. Cena preferida? A performance final com You Can´t Stop the Beat.


Chicago (2002) – O filme mais adulto e irônico de todos. Pegando carona no sucesso de Moulin Rouge, que ressuscitou o gênero nos últimos tempos, Chicago conta as desavenças e a disputa pelos holofotes da mídia entre duas artistas/criminosas, Roxie (Renée Zellweger) e a sexy Velma Kelly (Catherine Zeta-Jones, exuberante). Adaptado de um musical da Broadway, Chicago é indicado apenas para quem gosta muito do gênero, muito mesmo, pois a produção tem alguns defeitos que podem “espantar” quem não está acostumado a musicais, como performances longas demais e cenas desnecessárias. Os melhores momentos são quando Zeta-Jones está em cena. O tango da prisão, no qual as prisioneiras cantam, com bastante humor negro, como foram parar lá é fantástico.


Mamma Mia! (2008) – Este é o filme para cantar alto, seja você um fã de Abba ou não. Mamma Mia! funciona também como um "CD" com imagens, basta  apenas aumentar o volume da TV até o topo e curtir as canções grudentas da banda sueca. Com Meryl Streep e Amanda Seyfried esbanjando alegria e sorrisos e cantando Abba, e as paradisíacas ilhas gregas como cenário, não há combinação melhor. Super indicado para os fãs da banda ou para quem deseja apenas ver um filme divertido e descompromissado. A minha cena favorita é a da música mais bacana do grupo, Gimme Gimme Gimme (a música que a Madonna pegou o sample emprestado para usar em Hang Up) cantada pela Amanda. Clique aqui e cante junto!

Menção honrosa para Os Muppets – O Filme, lançado no ano passado, divertidíssimo. Tem crítica aqui!

14 de agosto de 2012

Nick & Norah: Uma noite de boa música




O filme começa com o personagem de Michael Cera em depressão por causa do rompimento de um namoro de seis meses, enquanto liga para a ex, ele está fazendo mais um CD com uma playlist especial para enviar a ela. É  assim que começa o fofo Nick & Norah´s Infinity  Playlist (que em português ficou Nick e Norah: Uma Noite de Amor e Música, breguinha hein), uma comédia teen romântica de 2008 bem agradável cujo carisma da dupla de protagonistas e principalmente a trilha sonora, compensam o anêmico roteiro.

A história é mais rasa que o pires da minha bisavó: um grupo de amigos passam a noite em Nova York em busca de um show secreto de uma banda de rock, entre eles, estão Nick e Norah,  cuja relação afetuosa vai ficando mais forte ao passar da noite. A química entre Nick (Michael Cera, do ótimo Scott Pilgrim Contra o Mundo) e Norah (a linda Kat Dennings, antes de estrelar a série 2 Broke Girls) é perfeita e a melhor coisa do filme é acompanhar o desenvolvimento da relação entre eles.

Perdidos na noite!

Outro ponto positivo é a trilha sonora toda pop rock indie descolada, a playlist conta com hits do The Submarines,  Band Of Horses, We Are Scientists, Vampire Weekend e muito mais. Poderia até dizer que se trata de um filme musical, a música é quase um personagem onipresente em todas as cenas, já que todas as personagens têm alguma relação com o mundo da música.

Outro ponto a destacar é a maneira de como a produção lida com a questão da homossexualidade. Nick faz parte de uma banda de punk rock gay (uma espécie de Placebo teen) e como ele mesmo diz: “Meus amigos são 100% gays, gays o tempo todo”.  Nick não é gay, apesar de ser sempre confundido com um, mas o tema aqui e a relação entre eles, é tratada de uma forma bem natural, sem nenhuma forma de preconceito. Um dado curioso é que Michael Cera, também tinha um amigo gay em Scott Pilgrim. Mas adoram zoar com o menino né!

Kat e Michael: Química na tela.

Nick e Norah é um filme bem simples, divertido, mostra os jovens de uma forma não muito longe da realidade, conta com personagens carismáticos, e para quem curte aquele jeito espirituoso e bobo (de sempre) do Michael Cera, e uma deliciosa playlist,  eu recomendo.


Passe a tarde vendo o filme (veja aqui o trailer) e o ano inteiro ouvindo a trilha sonora (clica aqui!).

12 de agosto de 2012

A Trilogia Batman: Grandes Momentos



A trilogia Batman, a versão de Christopher Nolan claro, foi concluída de forma grandiosa, o último capítulo do homem-morcego foi tão genial quanto seus antecessores, trata-se de uma trilogia irretocável, perfeita e une-se a outras igualmente fantásticas  como  De Volta para o Futuro e O Senhor dos Anéis. Nolan (gênio!) nos apresentou uma Gotham suja, corrupta, assustadora, deu vida a um herói humanizado, realista, e realizou três filmes magníficos, adultos, surpreendentes, inteligentes (demais) e sombrios.  Devido ao encerramento dessa trilogia ímpar, que tal relembrarmos os momentos mais marcantes do cavaleiro das trevas mais cultuado e bem sucedido do cinema? 


BATMAN BEGINS (2005)

“I´m Batman”.  Após os filmes-desastre-tortura do super-herói nas mãos do diretor Joel Schumacher nos anos 90, ver o renascimento de Batman numa visão mais séria e realista dada pelo visionário Christopher Nolan, foi no mínimo extasiante. Sei que esta primeira parte da trilogia tem muitos bons momentos para comentar, mas escolhi a cena da primeira aparição de Bruce Wayne (Christian Bale) como seu alter ego, o Batman. Após uma hora de fita, o herói surge na escuridão, fazendo desaparecer um por um os capangas do criminoso Falcone, após uma cena de luta fantástica e muita tensão, o homem-morcego captura Falcone e responde aquela tal pergunta com uma voz aguda e demoníaca:  “I´m Batman”.  Sensacional. Este momento marca a volta do herói no combate ao crime em Gotham City no mundo fictício,  no mundo real, é o seu retorno triunfal à cultura pop, sem uniformes com mamilos e nenhum exagero nas cores.


O CAVALEIRO DAS TREVAS (2008)

“Why so serious?”. Esta é a parte em que o nosso super-herói foi ofuscado por um anarquista maquiado, o Coringa, interpretação assombrosa de Heath Ledger.  É fato, Coringa rouba a cena em todas em que aparece, difícil citar a minha preferida,  posso citar a cena em que ele faz um lápis “desaparecer”,  a sequência do roubo ao banco, mas o momento mais insano e hilário, o meu favorito claro,  é aquele em que o "agente do caos" sai do hospital vestido de enfermeira com o local explodindo ao fundo,  sua felicidade se esvai por um breve momento quando o controle trava e a explosão para, e ele fica batendo descontroladamente no detonador para continuar com o seu roteiro de caos e destruição na cidade. Para mim, uma cena antológica e um vilão que entrou no hall dos maiores vilões da história do cinema.

  
Roubo e Perseguição:  A sequência inicial do roubo ao banco onde o Coringa vai eliminando um por um de seus “companheiros”,  terminando com o gerente de banco com uma granada de mentirinha na boca é intensa demais para um começo de filme. A trilha sonora dramática  e arrebatadora só aumenta a nossa aflição. Melhor que esta, somente a incrível e bem orquestrada sequência de perseguição que conta com um caminhão,  um carro-forte, viaturas e o tumbler/moto do Batman. É daquelas cenas que você põe para repetir milhares de vezes e nunca se cansa de vê-la.


CAVALEIRO DAS TREVAS RESSURGE (2012)

“Ops!”. Selina Kyle está vestida de garçonete, entra em um quarto da mansão Wayne e rouba um colar. Ela é pega no flagra pelo dono da casa, Bruce, e  após dizer que não bate em aleijado, derruba o Batman chutando a muleta que o sustentava, e depois solta um “ops”. A cena é uma boa forma de apresentar a personagem, só aí já podemos saber que ela é sexy, dissimulada, perigosa, destemida. Para mim, Anne Hathaway - e sua  versão da Mulher-Gato -  ganhou minha simpatia só por este breve e sarcástico momento. Michelle Pfeiffer, sorry.


“É preciso cair para se levantar”. - O momento da luta entre Batman e o grandalhão Bane (Tom Hardy) é impressionante e ao mesmo tempo angustiante, não foi fácil ver a queda do nosso herói e ouvir seus ossos serem esmagados. Pela primeira vez, sentimos que Batman encontrou um adversário aparentemente invencível e que sua morte é apenas uma questão de tempo. Mas lembram que lá em Batman Begins, Alfred (Michael Caine ) repetia sem parar a frase “É preciso cair para se levantar”? Pois é,  este momento de ressurreição do cavaleiro negro no último ato também é fascinante,  seu acerto de contas com o vilão mascarado, assim como a batalha final envolvendo os capangas de Bane e os policiais é sem dúvida a melhor sequência de luta da trilogia. Como último capítulo e última cena de combate, Nolan certamente queria fazer algo grandioso, violento, intenso, e com um desfecho satisfatório, ao menos para mim, ele cumpriu esta missão com louvor.

Eu já estou com saudades do mundo sombrio e dos personagens desta trilogia, e você? Não sei o que o diretor planeja fazer agora nessa fase pós-Batman, mas de uma coisa já sabemos, In Nolan, I Trust, always. Que venham mais filmes de ação inteligentes por aí...
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