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16 de outubro de 2011

HUNGER

  • Hunger está na lista dos 100 melhores filmes britânicos de todos os tempos da revista Empire. Ocupa a posição 65.

Perturbador e violento, filme conta a história de um ativista do IRA que fez greve de fome


Há 30 anos, Bobby Sands, integrante do IRA, um exército paralelo que lutava pela separação da Irlanda e do Reino Unido, transformaria-se num símbolo da luta pela independência da nação irlandesa. Como uma forma de protesto, Bobby fez greve de fome, e após 66 dias em jejum, morreu aos 27 anos na prisão onde se encontrava.

Há 3 anos, os últimos momentos de vida de
Bobby Sands foram retratados em Hunger (2008), uma chocante película dirigida por Steve McQueen com uma interpretação marcante e intensa de Michael Fassbender, que dava vida ao ativista-mártir.

Hunger, primeiro filme de McQueen, um artista plástico, angariou dezenas de prêmios em festivais mundo afora, colocou Fassbender no radar de Hollywood, que nesse ano também recebeu elogios calorosos da
imprensa pelo seu “Magneto”, em X-Men: Primeira Cla
sse.




Mas focando no polêmico Hunger, pode-se dizer que é um filme-arte perturbador, cuja imagens são feitas para chocar e os diálogos são q
uase inexistentes. O longa é dividido em três partes. 


A primeira concentra-se em alguns ativistas presos numa cela escura, suja - e repugnante – e sendo violentados pelos soldados. 

A segunda é uma longa conversa entre Bobby Sands (Fassbender) e o padre, no qual conta sobre a ideia da greve de fome. Praticamente, é nessa cena de mais de 20 minutos sem cortes, com a câmera estática, que os diálogos estão concentrados. O mais impressionante é que esse bate-papo extenso em nenhum momento fica chato.

No terceiro ato, estão as cenas mais fortes e agonizantes do filme, vemos a degradação física e o sofrimento de Bobby, até o seu último suspiro. Fassbender está incrível e magricela de verdade, é notável a sua total “entrega” ao personagem.




Como artista plástico, o diretor McQueen fez algo
parecido com suas obras, destacou a parte visual na fita – a cela suja, a magreza dos presos, o nu frontal - utilizando-se da câmera parada em alguns momentos. O diretor optou também por focar no físico, na dor, na violência realista, não no teor político da história. Enfim, Hunger é pesado, realista demais, brutal, com uma quase ausência de trilha sonora, mas encaro isso como algo “positivo”, é um filme incomum que conta uma história real, de um homem cuja luta merece ser conhecida e lembrada.




Em time que está ganhando....conhece
essa expressão né? Esse ano a dupla Fassbender/McQueen voltaram com o filme Shame, e como era de se esperar, o longa está arrancando elogios por onde passa. Já até cogita-se uma indicação ao Oscar para o Fassbender. Fique alerta, você ainda vai ouvir muito falar desse cara aí.


Falando de magricelas do cinema,
Christian Bale já ficou assustadoramente magro em O Operário.



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