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22 de agosto de 2010

A elegante MAD MEN


Nesse post vou falar sobre uma série que eu nunca havia pensado em escrever algo sobre ela aqui no meu blog. Estou me referindo á premiadíssima série MAD MEN. Sim, ela papa prêmios em qualquer premiação, Globo de Ouro, Emmy - o Oscar da TV, e este ano o seriado possui nada mais, nada menos que 17 indicações. Dificilmente irá perdê-los. Mad Men está na sua quarta temporada nos EUA, mas irei me limitar a comentar sobre a primeira temporada, porque eu acabei de ver recentemente.

O fato da crítica falar tanto e sempre de modo positivo sobre a série me despertou a curiosidade. Então resolvi assisti-la. Vou confessar que não foi fácil gostar de Mad Men de imediato. Vi o primeiro episódio e esqueci. Nada acontece no primeiro capítulo. Algumas semanas depois tentei novamente e decidi ver toda a temporada, independente se eu gostasse ou não. Bom, foram necessários cinco episódios para me viciar. É muito não é? Pra mim é muita coisa. Nesse caso, persistência e uma paixão imensa por seriados foram fundamentais para eu seguir em frente.

A pergunta que não quer calar: Quem é Don Draper?


Bom, vou falar um pouco sobre o seriado mais elegante da TV. Mad Men explora o mundo dos publicitários numa Nova York dos anos 60. Don Draper (Jon Hamm, brilhante) é o responsável pelas grandes idéias numa agência de publicidade, mas também é um homem misterioso – esse é um dos aspectos que mais me chama a atenção na série. Ele é casado com a linda e loira Beth, uma ex-modelo reprimida sexualmente e com sutis ataques de loucura.


É muito interessante conhecer ou pelo menos ter alguma idéia, de como era a sociedade naquele período. Os homens fumam - é muita fumaça, sério, eles fumam em qualquer lugar - e bebem demasiado, as mulheres quando não ficam em casa cuidando do lar, se tornam objetos fáceis de desejos dos homens nos locais de trabalho. A infidelidade – todos os personagens masculinos traem suas esposas - o consumismo, o feminismo, o momento político Nixon versus Kennedy , e outros temas justificam todo o alarde da imprensa sobre o show.

A ala feminina: Beth, a sexy Joan e a Peggy!


Don Draper chama a atenção pelo seu charme e pelo seu comportamento enigmático, mas é sua secretária Peggy Olson ((Elisabeth Moss numa atuação excelente) que rouba a cena durante toda a temporada. Seu personagem causa inveja em todos da agência, porque ela passa a colaborar com as peças publicitárias, deixando de ser assistente e sendo a primeira mulher a alcançar tal proeza. É ela também, a responsável pelo “momento bombástico” no fim da primeira temporada.


Bom, como o seriado se passa nos anos 60, é obvio que a reconstituição de época é impecável, o figurino, os objetos em cena, os cenários. Vale destacar também, as cenas em que eles estão elaborando uma campanha publicitária para alguma empresa. Esses são os melhores momentos dos episódios. São momentos muito interessantes e nostálgicos, pois alguns produtos nem existem mais - como um aparelho de slides da Kodak - esse eu nem sabia que existia .
Os "publicitários" que fumam mais que trabalham...


Mad Men ás vezes vale como uma aula de história contemporânea, é intrigante, inteligente, original, portanto tem um ritmo lento, o enredo demora a se desenvolver, e ás vezes se torna cansativo, e por isso deve despertar mais o interesse do público adulto, mas já é um programa obrigatório para qualquer aluno de comunicação, principalmente para alunos de publicidade.
Agora assistirei as temporadas seguintes. Sem pressa.

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