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29 de julho de 2010

Os melhores filmes-cabeça de todos os tempos




"Han?", "O quê?". Essas expressões geralmente seguidas de um "Não entendi!" são bem comuns de ouvir quando assistimos a um filme complexo, cujo roteiro não faz a mínima questão para que você o compreenda de imediato.


Refiro-me às produções "cerebrais", às quais o espectador geralmente reage de duas maneiras: fica frustrado, morrendo de raiva porque não entendeu o filme, pois estava esperando algo mais "simples"; ou o espectador sai do cinema tão extasiado pela experiência única proporcionada pela película – porque foi forçado a trabalhar a massa cinzenta – que ele vai querer ver o filme novamente, pois embora ele tenha entendido o enredo, assistir a uma segunda vez fará com que note coisas que na primeira vez, não estavam tão visíveis. 

Então, confira os melhores filmes-cabeça, até agora.



O Predestinado (Predestination, 2014) – Quem veio primeiro o ovo ou a galinha? Essa questão paradoxal se encaixa bem na trama dessa ficção científica engenhosa e que vai "explodir" a sua cabeça. Ethan Hawke vive um agente que viaja no tempo para evitar desastres e  tentar capturar um terrorista. É isso. Quanto menos você souber, melhor. É um filme tão inteligente e tão desafiador à nossa mente que é impossível vê-lo apenas uma vez. 



A Origem (Inception, 2010) - Esta obra de Christopher Nolan fez todo mundo ficar um pouco mais atento aos seus sonhos. A Origem é um perfeito e bem-sucedido exemplo de entretenimento com cérebro. Com um elenco estelar, a história é daquela que você está proibido de piscar os olhos, ou vai complicar pro seu lado. Nolan também é o cara do outro filme-cabeça que vem a seguir.



Amnésia (Memento, 2000) - Homem procura o assassino de sua mulher, mas tem um pequeno problema: ele sofre de amnésia recente. E para não esquecer de certos fatos, ele tatua o seu corpo com informações que podem lhe ajudar a resolver o caso. A história é simples, mas a não linearidade, ou seja, a narrativa contada de trás para frente, dá nó na cabeça. É literalmente um quebra-cabeça. 


Following (1998) - Este é o primeiro quebra-cabeça de Christopher Nolan, uma espécie de "rascunho" daquele que viria a se tornar o seu primeiro sucesso, o filme Amnésia. Following é um delicioso quebra-cabeça cujas peças são jogadas na cara do espectador aleatoriamente. E elas somente se encaixam no último minuto da fita.




Donnie Darko (2001) - Um cult dirigido por Richard Kelly e que revelou o astro Jake Gyllenhaal. Jake interpreta Donnie, um adolescente problemático que tem seu quarto destruído por uma turbina de avião - sim, é isso mesmo. Depois desse episódio, ele começa a ser perseguido por um coelho feio - e nada legal - que o incita a cometer pequenos crimes, para piorar, o coelho fala que o mundo vai acabar em 30 dias. Trilha sonora dos anos 80, viagem no tempo, fim do mundo e realidade alternativa se mesclam e o resultado é perturbador e emocionante. O ponto forte de DD é permitir ao espectador múltiplas interpretações. 


Matrix (1999) - O filme que redefiniu o modo de fazer cinema é uma grande fita de entretenimento, cenas de lutas inesquecíveis - as coreografias de luta se tornaram mais copiada que as da Lady Gaga - e de visual arrebatador. Mas o que é a Matrix? Aposto que até hoje existem pessoas que não sabem responder a essa pergunta. Bom, nem eu sei, mas o Morpheus responde: "Matrix é o mundo que acredita ser real para que não perceba a verdade". Entendeu? Questionamentos sobre o que é real e o que é imaginário, discussões filosóficas, elementos religiosos e científicos, homens como softwares, são apenas algumas questões exploradas na ficção, o que causa um grande emaranhado em qualquer mente humana, cujo anseio se restrinja apenas em ver o Neo e o Agente Smith lutando.



Brazil - O filme (1985) - Um dos melhores trabalhos de Terry Gilliam. A história se passa num futuro onde a burocracia é assustadora e o terrorismo está presente em cada esquina. Sam Lowry (Jonathan Pryce) é um funcionário público que encontra na vida real a mulher que permeia seus loucos sonhos. Mas tem um pequeno problema: ela é uma terrorista. Como quase todo filme de Gilliam, cenas bizarras e alucinantes e situações fora do real, aqui não faltam. Um joia do cinema com um final no estilo "What The Fuck?".



Cidade das Sombras (Dark City, 1998) - Assim como Brazil, este é mais uma pérola esquecida do grande público, mas que não interfere na sua originalidade. Alex Proyas - diretor de O Corvo - realizou um trabalho fantástico, sombrio, intrigante. Numa cidade onde é sempre noite, um homem é perseguido por seres estranhíssimos, altos, brancos e carecas. Nesta cidade, quando o relógio aponta meia noite, o tempo para e a estrutura urbana é alterada. Este longa interessantíssimo ainda nos permite fazer análises sobre o comportamento humano e a manipulação coletiva. Esta obra saiu recentemente em Blu-Ray, vale muito a pena tê-lo na sua estante. Imperdível. (post atualizado em 19 de novembro de 2012).



Quero ser John Malkovich (1999) - O filme é sobre Craig, um cara (John Cusack) que encontra no seu escritório, uma porta que o leva à mente de John Malkovich, representado pelo próprio ator. Craig junto com sua esposa - uma Cameron Diaz horrorosa - começam a cobrar dinheiro para levar as pessoas para dentro da mente do ator, assim elas podem ter seus "15 minutos" de fama. Uma história surreal, bizarra e bastante criativa, conduzida com perfeição pelo louco Spike Jonze.


Conhece outro filme cerebral? Então indica aí!

21 de julho de 2010

3 momentos musicais marcantes em obras não musicais


Já que a série musical Glee está em alta no momento, resolvi mostrar a vocês que soltar a voz, seja na telinha ou na telona, não é algo tão exclusivo dos filmes e seriados musicais. Na TV e no cinema, a música já foi usada inúmeras vezes, e na maioria delas, a letra da canção escolhida mescla-se perfeitamente com os dramas dos personagens ou com a história em geral.

É um artifício bem criativo de alguns diretores, de transmitir algo sem os diálogos, apenas usando imagens e uma boa música. E fica mais emocionante quando o próprio elenco "solta o gogó" também.

Confira três memoráveis e comoventes momentos musicais em dois filmes e numa série não musical em particular.



01- Sabe de onde Ryan Murphy - criador de Glee - teve a brilhante ideia de criar um show com adolescentes losers que fazem parte de um coral? Foi quando ele colocou o elenco da polêmica Nip Tuck - sua outra invenção - para cantar no último episódio da quarta temporada. É uma das melhores "season finales" da TV. Simples e inteligente. E a letra da música reflete muito os dramas dos personagens. Se uma imagem diz tudo. Imagens e músicas dizem muito mais. A trilha é "Brighter Discontent", do grupo The Submarines. Assista aí:




02- O diretor Paul Thomas Anderson colocou Tom Cruise, Julianne Moore e Philip Seymour Hoffman para soltar a voz no drama Magnólia (1999). Eles cantam "Wise up", da cantora Aimee Mann, que aliás é responsável por toda a trilha sonora do filme. Veja essa belíssima sequência de uma das maiores obras do diretor.



03- Em Quase Famosos (2000), obra-prima de Cameron Crowe, conta a história de um garoto que consegue um trabalho na revista Rolling Stones e tem a oportunidade de acompanhar a banda Stillwater numa turnê pelos Estados Unidos. E num desses dias, depois de alguns momentos conflituosos o grupo entra no ônibus e segue viagem. No rádio, está tocando "Tiny dancer" , do Elton John. Timidamente alguns começam a cantá-la. Segundos depois, todos se mostram bem afiados e a canção é cantada bem alto, sem vergonha, acabando com o clima tenso que havia se instalado horas antes. Pois é, cantar espanta os males. Assista e cante também.

10 de julho de 2010

TOM CRUISE VOLTA AOS FILMES DE AÇÃO!




Tom Cruise é um cara legal. Um bom sujeito. Um ótimo ator. Ás vezes é esculachado - desnecessariamente - pela mídia pela sua espontaneidade e por expor sua intimidade e suas ideologias religiosas ao público. Pois é, é o lado ruim de ser uma das personalidades mais populares do mundo, óbvio que a imprensa tem sempre que fuçar a vida do moço de sorriso bonito. O Sr. Cruise, casado com Katie Holmes, a eterna Joey de Dawson´s Creek, é uma pessoa super simpática, adjetivo que não podem ser usado para muitos atores hein, e ainda tem carisma de sobra.

Com quase 50 anos, o intérprete do simbólico agente Ethan Hunt já não arranca suspiros das jovens e das adolescentes de hoje, mas ainda é o mais querido pelas mães, tias e pelas vovós dessas meninas. E esse público que acompanha o Tom desde lá....os anos 80, época de Top Gun, tem um motivo a mais para ir ao cinema este mês. É a estréia de Encontro Explosivo (Knight and Day) - que título português medíocre hein! - novo filme de ação e comédia protagonizado pelo próprio Sr. simpatia e pela loira Cameron Diaz.



Tom Cruise num filme de ação? Uhuuuuuuu! Que maravilhaa!! OK, sempre fui fã do ator e também curto seus papéis mais sérios como nos filmes Magnólia, Nascido em 4 de Julho, Colateral e até seu personagem desbocado, gordo e que canta rap na comédia Trovão Tropical é impossível não gostar. Isso só mostra o quanto o ator pode ser versátil. Mas é o cara que corre pela ruas, pelos telhados, explode coisas e protagoniza cenas de lutas e de ação fantásticas é que eu - e aposto que muita gente - gosto de ver. Encontro Explosivo (Knight and Day) tem isso e muito mais.

Tom irreconhecível em Trovão Topical. Ele dança e canta rap!



Resumindo a história do filme, Cruise é um espião que viaja o mundo para proteger uma bateria poderosa de criminosos. E sem querer, acaba levando com ele a linda e estabanada June (Cameron Diaz). O eclético James Mangold dirige o filme. O suspense Identidade, a biografia Johnny e June e o excelente faroeste Os Indomáveis são obras do diretor. Algum filme ruim aí? Não né. E assim também é seu novo filme.


Cruise e Diaz possuem uma química perfeita - eles já mostraram isso no péssimo Vanilla Sky -, cenas de ação mirabolantes mesclada com situações engraçadíssimas - destaque para a cena do avião - e um bom roteiro - às vezes previsível - mas que não deixa de ser uma ótima opção de diversão, escapismo, principalmente agora em que as salas de cinemas priorizam animações e a sensação do momento, o fraco Eclipse. Encontro Explosivo diverte e ainda tem Tom Cruise dando soco em qualquer um que apareça na sua frente.

E meus filmes preferidos do Sr. simpatia são:




1-A quadrilogia Missão Impossível
2-Magnólia

3-Colateral
4-Guerra dos Mundos
5-Entrevista com o Vampiro
6-Rain Man



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