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5 de janeiro de 2010

Anticristo: Uma experiência chocante


O longa Anticristo do controverso diretor Lars Von Trier pode não ser o melhor filme em sua filmografia e nem um dos melhores do ano, mas com certeza irá encabeçar a lista dos filmes mais violentos e polêmicos da história do cinema. Não, não é exagero. Se você é uma pessoa normal - nesse contexto, essa palavra significa que se a pessoa não é um cinéfilo, não conhece o diretor e muito menos seus filmes anteriores, e adora filmes de terror com crianças pálidas, ou meninas cabeludas, no qual o mal perde no final e tudo acaba no "e foram felizes para sempre" -  vai "morrer" de arrependimento se conferir o longa-metragem sem um pouco de conhecimento prévio.

Apesar de ser tratado como um filme de terror, Anticristo - título um tanto incoerente com a tramau - pode ser descrito como um drama psicológico, denso, recheado de brutalidades: sexo explícito - com closes - , (muita) masturbação, mutilação vaginal, e...melhor parar por aqui. Resumo: cenas chocantes permeiam os últimos - e angustiantes - trinta minutos do filme.

E a história? Bom, após a perda do filho - esse fato é mostrado na lindíssima sequência inicial, numa impecável fotografia preto e branco  e em ritmo lento - o casal, vivido por Willem Dafoe e Charlotte Gainsbourg, que não possuem nomes no filme - se mudam para uma cabana no meio da floresta, se isolam ali com a intenção de curar a mulher que está com depressão profunda e consumida pela dor. O homem, que é terapeuta, tenta ajudá-la com exercícios psicológicos, mas a situação dela piora progressivamente. E como.


Bizarro não?

Pode-se dizer que é um filme de arte, com cenas chocantes que até lembram um filme-trash, esteticamente belo, mas que não vai agradar aos desavisados que alugarem Anticristo pensando que é mais um inofensivo filme de terror. Von Trier merece crédito por sua coragem, por realizar um filme tão ímpar. Não é seu melhor longa, mas com certeza é o mais polêmico. Para mim, é o filme mais chocante que vi em toda minha vida, é realmente uma experiência fortíssima e infelizmente algumas cenas, que de tão brutais, ficarão na sua cabeça durante dias.

Um comentário:

  1. Que meda...
    Me deu vontade de ver o filme e medo ao mesmo tempo. ele é tão forte assim? Pelo que vc escreveu é um Caligola versão 2009.

    0o

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