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20 de fevereiro de 2009

QUEM QUER SER UM MILIONÁRIO?

O filme obrigatório da temporada! Uma fábula sobre esperança e perseverança!



Quem diria que um filme rodado na Índia e com atores desconhecidos fosse agradar a tanta gente ao redor do mundo, levar 4 prêmios no Globo de Ouro
(melhor filme, direção, roteiro, trilha sonora) e ser indicado a 10 Oscars? O nome do filme que está fazendo história se chama Quem quer ser um Milionário? (Slumdog Milionaire) do diretor mais versátil que existe, Danny Boyle.


O diretor adiciona à sua ótima filmografia - que inclui Trainspotting, Cova Rasa, Sunshine – Alerta Solar e Extermínio e vamos esquecer o seu único deslize, A Praia - uma história empolgante sobre esperança e perseverança.


Dev Patel interpreta Jamal Malik, um menino que junto com seu irmão cresceu nas favelas de Mumbai e que aos 18 anos está prestes a ficar milionário no programa Quem quer seu um Milionário?. Mas será que é possível um menino que morou nas ruas ter tanto conhecimento, será que ele está trapaceando? Muitos pensam que Jamal está blefando, ele é preso e é obrigado a explicar ao delegado cada resposta dada às perguntas do programa.


O filme é dividido em três momentos: a infância turbulenta de Jamal, o momento de seu depoimento ao delegado e por fim, a sequência do programa. Os cortes rápidos entre as três passagens faz de Quem quer ser um Milionário, um filme dinâmico, sempre empolgante, uma mistura de aventura, romance e drama combinados a uma eletrizante trilha sonora, uau e que trilha!

Uma curiosidade, os três atores mirins que interpretam quando criança, Jamal, Salim e o amor de toda vida dos irmãos, Latika, tiveram seus cachês depositados em um fundo, para serem retirados quando completarem 16 anos. E até os 16 anos, os produtores se prestaram a contratar um motorista que levará as crianças para a escola todos os dias. Só por esse generoso ato, Boyle e sua turma já merecem o Oscar.

Ah, e sabiam que todos os filmes indianos os atores dançam e cantam. É algo normal por lá. Boyle sabe disso e fez uma maravilhosa homenagem à Bollywood no desfecho do filme. Você vai sair do cinema cantando Jai Ho!

14 de fevereiro de 2009

O cult Donnie Darko



Depois de ter seu quarto destruído por uma turbina de avião, é isso mesmo, o adolescente Donnie Darko, que tambem é o nome do filme, começa a ter visões de um coelho monstruoso que o incita a fazer atos destrutivos, potencializando sua personalidade anti-social e excêntrica.

Para piorar, o coelho fala pra ele que o mundo vai acabar em poucos dias. Junte isso a uma professora conservadora que acha que tudo se resume em amor e medo, um guru fundamentalista, teorias de viagens no tempo, uma trilha sonora deliciosa dos anos 80 e mais um monte de fatos e personagens que se eu contasse, perderia toda a graça.


Jake Gyllenhaal está perfeito como o garoto problemático, aliás ele é um dos poucos atores jovens - senão o único - que teve seu trabalho reconhecido não por estrear comédias bobas adolescentes, mas por intensas atuações em filmes menores, a maioria deles sendo dramas, bons dramas. A partir desse cult, ele foi chamado para produções maiores, como o apocalíptico O Dia depois de Amanhã, que o tornou enfim um astro hollywoodiano e ainda recebeu elogios da crítica especializada e uma indicação ao Oscar pelo intimista e polêmico O Segredo de Brokeback Montain.


Donnie Darko é para ver, rever e rever de novo, pois o final deixa certas perguntas no ar, isso é o melhor do thriller, cada vez que você assiste terá uma teoria diferente e uma nova leitura para analisar.

O seu final emocionante é embalado pela música Mad World, de Tears for Fears, mas na voz de Michael Andrews, que fez a música parecer melhor que a original. Uma experiência bizarra, marcante, interessante e diferente.

Ah, e você vai olhar um coelho de um modo totalmente diferente após ver este filme!

9 de fevereiro de 2009

O retorno dos vampiros

2008 É O ANO EM QUE OS VAMPIROS SAÍRAM DAS SOMBRAS



O ano de 2008 reinventou, incrementou, redefiniu através de livros, filmes e seriados, um certo personagem mitológico que sai à noite para se alimentar de sangue humano. É ele mesmo, o Vampiro. A escritora Stephenie Meyer foi uma das responsáveis por essa "inovada" vampírica neste ano. Meyer com o seu romance Crepúsculo criou um vampiro mais humano, que se alimenta apenas do sangue dos animais, brilham como diamantes quando expostos ao sol, leem mentes, preveem o futuro. Esqueçam toda aquela balela de alho, cruz, água benta, estaca no coração, caixões, isso é passado, é coisa de novela da Globo.

Na série criada por Stephenie, os vampiros são pálidos, bonitos, jogam beisebol, estudam e se vestem perfeitamente bem (eles têm um senso fashion bem arrojado). E parece que os "normais’" gostaram dessa inovação, Crepúsculo e suas sequências literárias (Lua Nova, Eclipse...) são best-sellers em vários países. E a primeira adaptação do primeiro livro da saga, também está fazendo um enorme sucesso. Se nas páginas e na telona os vampiros adolescentes estão horrorizando, no bom sentido, o público ao qual essas obras se destinam, na telinha outros vampiros menos bonzinhos e mais adultos estão hipnotizando a audiência do canal HBO nos EUA, é a nova série TRUE BLOOD.

O casal sexy de True Blood!

Estrelada pela bela Anna Paquin (que ganhou merecidamente o Globo de Ouro de melhor atriz em série este ano por sua personagem Sookie), o show que foi renovado para uma segunda temporada, é violento, há muito sexo e cenas de nudez, tem uma trama bizarra, mas é engraçada, envolvente, tem a personagem mais carismática que apareceu na TV esse ano - a garçonete Sookie interpretada brilhantemente pela Anna -  em dez minutos você se apaixona por ela, e tem mais, TB é viciante, você assiste o primeiro episódio e não para mais.

Vamos ao enredo. Numa época (não se sabe qual) os japoneses criaram um a bebida chamada Tru Blood, eles chamam de sangue sintético, esse sangue fazem com que os vampiros deixem de desejar o sangue dos humanos. Os seres da noite tornam-se então, cidadãos comuns (alguns claro, sempre há aqueles revoltados e malvados), mas os humanos ainda não aprenderam a conviver com eles, o que gera muita preconceito por parte de algumas pessoas. É nesse contexto que Sookie, que tem o poder de ler mentes (isso mesmo!), se apaixona por um atraente vampiro que chega à cidade, apesar de todos os seus amigos se mostrarem contra o romance, ela está disposta a desvendar os mistérios desse vampiro.

True Blood está sendo exibida no Brasil pelo canal HBO. Como me viciei, já vi toda a temporada. Num ano em que a greve dos roteiristas atrapalhou o desenvolvimento criativo de muitas séries como Heroes, Prison Break e muitas outras, True Blood é uma "pérola" que surgiu este ano, criativa, bizarra, original, surreal, ousada. 

Sejam adolescentes vegetarianos ou adultos pervertidos sedentos por sangue, os vampiros são os seres mitológicos mais queridos do planeta e que será re-inventado ainda muitas e muitas vezes.

4 de fevereiro de 2009

Crepúsculo - Os vampiros do bem


Eles são pálidos, bonitos, jovens, frios, vivem isolados do restante dos "normais" e são aparentemente hostis. Curioso não? Garanto que se você visse alguém com essas características ficaria curioso em saber mais sobre esses seres de comportamento estranho. E foi essa curiosidade que levou a adolescente Isabella Swan a viver uma aventura surreal e se apaixonar pelo vampiro Edward Cullen.

Este é o tema central de Crepúsculo (Twilight), filme baseado no best-seller de mesmo nome que já vendeu mais de 25 milhões de cópias mundo afora. E o filme? Vai muito bem também, arrastando milhares de humanos às salas escuras e sombrias dos multiplexs ao redor do mundo.

Isabella é uma garota normal que vai morar com o pai na pacata e chuvosa cidade de Forks, matricula-se no colégio local e fica intrigada com os irmãos Cullen, pálidos, bem vestidos e tal. Edward é o que mais desperta seu interesse. No início, ela sente uma certa repulsa por parte dele, mas algo acontece e radicalmente muda a vida dos dois: Edward salva Bella de uma caminhonete desgovernada. E tudo começa assim, uma paixão arrebatadora e forte, mas também muito perigosa.

O filme não é melhor que o livro, mas tem pontos positivos. O casal de atores - Kristin Stewart e Robert Pattinson - foram escolhidos sabiamente. Eles formam um belo casal na tela e a química entre eles é indiscutível. A fotografia do filme, aquele cenário sombrio, ás vezes azulado, chuvoso, característico da cidade, encaixa-se perfeito para a trama, esse elemento está fiel ao livro. O longa deve agradar mais aos leitores da saga de Stephenie Meyer, para os que não leram, podem parecer apenas mais um filme de amor adolescente.

Crepúsculo é simples mesmo, os efeitos especiais são irregulares e os personagens não são tão bem desenvolvidos como no livro. Mas é uma boa adaptação, no qual o mais importante - você aceite ou não - é a reinvenção do ser vampírico, que foge da mesmice de estaca, cruz e caixões. 
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